Mas o que significa exatamente termos tanta gente habitando o espaço terrestre? Significa que é preciso pensar nos desafios e na qualidade de vida da população, que até 2050 deve atingir a marca dos 9 bilhões, e no final deste século deverá ultrapassar os 10 Bi. Saneamento básico, moradia, emprego, previdência, e planejamento familiar e, principalmente, alimentos básicos são alguns aspectos que devem receber um olhar mais crítico das autoridades mundiais.
No Brasil, por exemplo, a taxa de fecundidade é de aproximadamente dois filhos por mulher em idade reprodutiva, e temos, no território, aproximadamente, 22 habitantes por quilômetro quadrado. Ademais, com a alta expectativa de vida do brasileiro em torno de 66 anos, é inevitável pensar na pressão econômica e social que surgirá por novos postos de trabalho no País. Esta pressão, fatalmente ocorrerá por conta desta nova população em idade produtiva. Por outro lado, a revisão do plano de aposentadoria será outro fator com o qual não poderemos deixar de nos preocupar, pois os jovens que hoje abarrotam o mercado de trabalho estarão grisalhos dentro de quarenta anos. Registre-se que somamos atualmente 893 milhões de habitantes com mais de 60 anos. Em 2050 este quantitativo pode chegar a 2,4 Bilhões de pessoas em todo o mundo.
É importante trazer à baila que esta superpopulação mundial acarreta radicais mudanças no cenário demográfico. A maioria da população se concentra em grandes centros urbanos, e, grande parte dela, vive em condições subumanas, haja vista que as grandes metrópoles – que deveriam proporcionar condições dignas de vida para a população – não conseguem acompanhar este recrudescimento populacional e proporcionar as condições mínimas necessitadas pelos seus habitantes. Nesse contexto, é particularmente triste consignarmos que em termos de sobrevivência as metrópoles estão longe de ser o lugar ideal para viver. O que se nota é a favelização em torno das grandes metrópoles com pessoas vivendo em condições precárias. Esse acúmulo que resulta no crescimento desordenado dos centros urbanos só tende a crescer com o aumento populacional. Não existe, nas principais grandes metrópoles, uma infraestrutura adequada que englobe saneamento básico, moradia, saúde e educação para acolher todas estas pessoas.
Com efeito, o fato de a população atingir a marca dos 7 Bilhões chega não como algo a se comemorar simplesmente, mas sim como um a de que precisamos refletir sobre a qualidade de vida dos habitantes deste planeta. É preciso garantir, acima de tudo, que países emergentes, como o Brasil, continuem crescendo. Mas, é preciso garantir também a qualidade de vida digna de seus habitantes. As políticas governamentais precisam estar diretamente ligadas ao crescimento populacional e às taxas de fecundidade e produtividade. Do contrário, estaremos apenas povoando o mundo sem sequer ter responsabilidade sobre o futuro.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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