Em plena realização da Copa do Mundo no Brasil, a notícia que estampa todos os veículos de comunicação é a da torcida japonesa flagrada com sacos de lixo recolhendo os próprios produtos que consumiram durante partida que aconteceu na Arena Pernambucano, em São Lourenço da Mata, região metropolitana do Recife.
Ainda mais surpreendente que os japoneses recolhendo os seus resíduos, é que eles fizeram isto utilizando sacolas plásticas que carregavam em suas próprias bolsas. Uma lição de civilidade para nós. Um costume comum para eles. Como isso é possível? É bem simples.
Aos que não sabem, Tóquio é considerada uma das cidades mais limpas do mundo. É comum os japoneses carregarem sacos plásticos nas bolsas para colocar seu lixo dentro. E o lixo recolhido é descartado em recipientes seletivos que são colocados em frente a supermercados e lojas de conveniência.
Ademais, engana-se quem pensa que esse comportamento dos japoneses só vale para o cotidiano ou eventos festivos. Ao contrário de tantos outros povos, que diante de tragédias muda completamente de comportamento, em 2011, quando o Japão foi atingido por um tsunami, seguido de um terremoto e depois pela maior de todas as temeridades, a radioatividade, nenhum jornalista estrangeiro, dentre os milhares que fizeram a cobertura da tragédia, noticiou pessoas tentando furar a fila da comida, do supermercado ou do atendimento à saúde.
Muitos podem justificar que, no Japão, a sociedade já é educada para possíveis tragédias, como as de 2011. Porém, acredito que seja mais do que isso. Os japoneses mantêm uma política social séria e voltada para o bem-estar da população. Os serviços públicos como educação, saúde, infraestrutura e tantos outros funcionam, por isso que o Japão é referência mundial.
Enganam-se aqueles que pensam que o ato de recolher o próprio lixo não é uma responsabilidade social e que há pessoas pagas para executar tal ação. Atitudes de recolher e acondicionar o próprio lixo são posturas advindas da educação de um povo. Povo este que pensa e age como um país de primeiro mundo.
O que para nós foi uma surpresa e expressão de uma cultura admirável, para eles é uma questão absolutamente normal, de uma cultura onde o senso comum diz que quem suja deve limpar. As escolas japonesas se ensinam civilidade, cidadania, solidariedade, autoconfiança, autodisciplina e, para complementar, as ciências.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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