A criminalidade contra mulheres naquele país é altíssima. De todos os países G-20, a Índia é considerada o pior lugar para as mulheres viverem. Não acredito que podemos classificar o regime vivido lá como uma democracia, já que, o que rege esta democracia são valores patriarcais que claramente priorizam um gênero sobre o outro.
Mas o que falar sobre as jovens, vítimas de tais absurdos? Jyoti Singh Pandey era uma estudante universitária de 23 anos, que seguia para casa quando teve roubado seu corpo, sua identidade e seus direitos humanos – Jyoti foi estuprada e torturada por seis homens em um ônibus em movimento. Em seguida, uma turista dinamarquesa, de 51 anos, foi agredida por um grupo de, ao menos, meia dúzia de homens depois de pedir informação sobre como chegar ao seu hotel em um bairro turístico, no centro da capital indiana.
E mais uma vez, o caso se repetiu. Agora uma jovem foi condenada a um estupro coletivo pelo chefe do vilarejo onde ela vive, apenas por manter um relacionamento não autorizado com um dos homens da comunidade. Mais de treze homens já foram identificados por participar do ato. E apesar das preocupações das autoridades indianas para proteger os direitos das mulheres, o número de casos de estupro coletivo não para de aumentar, segundo as autoridades indianas.
Não estamos aqui falando de criminosos profissionais. Daqueles que elaboram planos durante longos períodos para executar suas ações. Estamos falando de homens comuns, que veem estupro como forma de socialização entre eles e acham aceitável atacar uma menina, moça ou mulher. Falamos de uma sociedade que culpa as mulheres por tais crimes, insistindo que cabe a elas se vestir discretamente e não sair sem a companhia de um homem à noite. Retirando dessas mulheres o direito de ir e vir, como qualquer outro cidadão.
O estupro é um ato repulsivo em qualquer lugar do mundo. E é por isso que a Índia tem sido alvo de constantes manifestações e protestos que se alastraram por diversas cidades do país, repugnando a brutalidade da violência contra as mulheres e, mais ainda, a impunidade por tal crime. É preciso saber que o abuso físico de mulheres e até o estupro não é um ato sexual, mas um ato de humilhação e poder de um homem sem autoestima.
A realidade indiana e de outros países só irá mudar quando houver continuidade ao movimento por reformas sociais para garantir a igualdade e a segurança das mulheres.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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