A epidemia de Ebola

A epidemia de Ebola

Por: Janguiê Diniz
10 de Out de 2014

Desde dezembro de 2013, a África Ocidental enfrenta o maior surto do vírus ebola já registrado na história. Já são mais de 2.800 mortes e 5.800 casos identificados, apenas nesta região. Além disso, o vírus já ultrapassou as fronteiras, atingindo, inclusive, outros continentes. O mais preocupante é que, quando uma pessoa é infectada pelo ebola, em até dez dias ou ela morre ou o organismo começa a combater o vírus.

A primeira pergunta que nos fazemos é: como um vírus descoberto há tantos anos consegue ser tão devastador, provocando tantas mortes em um curto período? Para os especialistas, o grande problema do vírus ebola é que, além da alta letalidade, ele apresenta facilidade de transmissão, sendo o contato com os fluidos, como sangue, urina e suor do paciente, suficiente para a contaminação.

Há também outro problema envolvendo o ebola: as crenças locais. Nos países africanos, é comum lavar o corpo no momento do enterro e este simples ato permite a transmissão da doença, uma vez que, mesmo após a morte, o paciente continua com o vírus e o contato direto sem proteção é um grande risco.

Então, como combater a epidemia? Nos Estados Unidos, dois infectados conseguiram a cura com o uso de um tratamento experimental e pelo menos duas vacinas experimentais parecem dar resultados. No entanto, mesmo que essas vacinas sejam disponibilizadas em novembro, até lá já teremos mais centenas ou milhares de mortes. É necessário o isolamento imediato dos infectados para conter a propagação do vírus.

Infelizmente, a epidemia atual do ebola só mostra a ineficiência nos sistemas de saúde africanos e o primeiro passo para o controle da infecção é a conscientização. As pessoas precisam perder o medo e entender que roupas especiais precisam ser utilizadas pelos profissionais para que um tratamento correto possa ser efetuado.

Tratamentos sintomáticos precisam ser realizados nos doentes como tentativa para minimizar o alto número de mortes. Para isso, a África Ocidental precisa da ajuda dos outros países, já que não há médicos ou clínicas suficientes. A luta contra o ebola é uma preocupação mundial e o trabalho de organizações humanitárias, como a Médico Sem Fronteiras, precisa ser intensificado.

Apesar da suspeita que de que o Brasil tenha registrado o primeiro caso do vírus, trazido por um missionário da Guiné, esperamos que esta doença devastadora não ultrapasse as nossas fronteiras. Infelizmente, o número de casos só aumenta a cada dia. É essencial que as autoridades mundiais da saúde se unam em busca de descobrir um tratamento rápido e eficaz contra tão mal tão ameaçador.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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