A inclusão digital no Brasil

A inclusão digital no Brasil

Por: Janguiê Diniz
05 de Nov de 2012

Deixemos claro que, para que a inclusão digital aconteça, é preciso três instrumentos básicos: computador, acesso à internet e domínio dessas ferramentas, já que, não basta apenas o cidadão possuir um computador conectado à internet para ser considerado um incluído digital. Em 2011, a Maplecroft – consultoria voltada a analisar riscos e a reputação de governos e empresas – publicou um estudo que mediu o índice de inclusão digital em 186 países, e classificou o Brasil entre os países com “médio risco”. Isso significa que apenas uma parcela da população brasileira tem acesso aos recursos para inclusão digital.

A desigualdade na distribuição de renda é, sem dúvidas, um fator decisivo para o Brasil quando comparado com os outros países do mundo. Dentro dessa realidade, o Brasil vem buscando desenvolver ações visando à inclusão digital como parte da visão de sociedade inclusiva, principalmente com os idosos, pessoas com deficiência, população de zonas de difícil acesso.

A grande dificuldade é compreender que a inclusão digital não é somente aumentar as vendas de computadores, ensinar as pessoas a acessarem as redes sociais ou permitir que em cada esquina tenha uma lan house. Claro que isso também faz parte, entretanto, a inclusão digital está ligada a adoção de uma nova cultura na utilização dos computadores e da internet.

Recentemente, o Brasil apareceu na 72ª colocação em um ranking da Fundação Getúlio Vargas que avalia a inclusão digital em 150 países. O estudo mostrou que 51,2% da população brasileira têm computador em casa, telefone celular ou fixo e acesso à internet, mas não necessariamente todos juntos. Esse porcentual está acima da média global dos países avaliados, que foi de 49,1%, nada obstante, esses números não significam que os brasileiros estão incluídos digitalmente.

É preciso incentivar a inclusão digital como oportunidade de crescimento do conhecimento, de criação e exposição de ideias inovadoras, além do incentivo à sustentabilidade, comunicação eficiente entre as pessoas, entre tantas outras possibilidades que até hoje são muito mal exploradas. Os brasileiros precisam entender que o computador e a internet não são apenas ferramentas para acessar sites de bate-papo e visualizar pornografia, mas sim ferramentas capazes de melhorar a qualidade de vida de todos nós, expandindo a visão de mundo e conectando diversas culturas.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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