A morte de um ditador

A morte de um ditador

Por: Janguiê Diniz
08 de Mar de 2013

 O fato é que amado e odiado por muitos, Chávez escreveu seu nome na história venezuelana e, porque não dizer, mundial como um ditador anti-imperialista.

 

No poder desde 1999, o Tenente-coronel do Exército da Venezuela tentou chegar ao poder pela primeira vez através de um golpe de estado, em 1992. Ao assumir o governo de forma democrática, em 1999, Chávez logo colocou em prática a sua chamada “revolução bolivariana”. Todo seu governo ficou marcado pela estatização de grandes indústrias e da máquina petrolífera da Venezuela, principal produto da economia do País.

Chávez concentrou o máximo dos poderes que pode em suas mãos. O socialista era grande amigo de Fidel Castro, além de presidente, era comandante chefe das Forças Armadas e presidente do PSUV. Além disso, seus partidários controlam a maioria dos parlamentares e ostentam uma maioria no Supremo Tribunal de Justiça. Ou seja, todos morriam de medo dele.

Apesar da política despótica, durante o seu mandato, as relações políticas e econômicas da Venezuela foram estreitadas com alguns países também governados por gestores populistas, como o próprio Brasil, Equador e Cuba. Contudo, as relações com outros países se tornaram conturbadas, como com os Estados Unidos.

Popular, seguidor de Símon Bolivar, socialista e anti-imperialista. Hugo Chávez tentou mudar a Venezuela com sua política de redistribuição da renda do petróleo – cujo país é o quinto maior exportador mundial do produto. Mas, não houve diversificação do campo produtivo e o principal motor da economia continuou sendo o petróleo. A crise econômica afetou duramente a Venezuela, com a queda do valor do barril de petróleo, Chávez quase viu o país quebrar e a escassez de alimentos se tornou uma realidade para os venezuelanos.

Mas nem tudo no governo Chavista foi espinhos. Foi durante seu governo que, de acordo com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), a pobreza na Venezuela caiu mais de 20%, e o país registrou a menor desigualdade entre ricos e pobres entre nações latino-americanas, com 0,41 no índice de Gini. Foi dele, também, a criação de programas sociais de saúde e educação em cooperação com Cuba – a Venezuela recebia assistência de médicos e educadores cubanos em troca de petróleo.

Apesar de ter destinado seu governo para os mais necessitados, Chávez não conseguiu eliminar uma das maiores mazelas econômicas da Venezuela: a inflação no País atinge índices que chegam aos 30%, a inflação da América Latina. Além disso, o socialista pecou em não criar uma política econômica capaz de evitar a recessão ou de diminuir os índices de criminalidade nas ruas.

A Venezuela ficou órfã de seu maior nome político, o ditador Hugo Chávez, que, querendo ou não deu sua contribuição para o país e agora, resta esperar que o País encontre seu caminho na democracia, na paz e nas relações internacionais, que durante o seu regime não inexistia .

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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