O que, inicialmente, foi motivado pelo inesperado aumento das passagens dos transportes públicos, acabou incentivando uma série de manifestações do povo para exigir do Governo melhoria em vários setores do país, como o uso de dinheiro público em obras da Copa do Mundo, melhorias nas áreas de saúde, educação e segurança, combate à corrupção, a PEC 37, além de outras questões e insatisfação generalizada contra governantes.
Não é novidade que esses setores precisavam passar por um olhar mais detalhado. É de conhecimento público que o Brasil está entre os últimos no ranking de educação e de saúde mundial, ao mesmo tempo e contrário a tais índices, somos um dos maiores pagadores de impostos. Impostos que deverão ser investidos em melhorias para a população.
Os movimentos iniciais, que reuniram mais de um milhão de pessoas nas ruas do país, são diferentes das manifestações tradicionais. Não há líderes, não há um único objetivo. O que vemos são milhares de pessoas se mobilizando através, principalmente, das redes sociais, entoando o Hino Nacional e gritando palavras de ordem, na expectativa que sejam ouvidas e atendidas. E aliado a isso, como há muito não se via, inúmeras pessoas públicas e formadoras de opiniões estão apoiando as manifestações e chamando a população para as ruas.
Talvez porque neste momento os olhos do mundo estavam no Brasil devido à Copa das Confederações ou simplesmente porque chegamos ao limite da passividade, a verdade é que, apesar de não ter mais a quantidade inicial de pessoas nas ruas, mas os manifestos continuam. E, mais do que isso, estão surtindo efeito. A PEC 37 foi derrubada, a corrupção foi declarada crime hediondo e outras propostas estão sendo votadas com mais rapidez pelo Senado.
O fenômeno social que o Brasil vive é uma oportunidade da reconstrução da participação da população na construção do País. Fica claro que as decisões tomadas pelo Governo não têm sido em concordância com a população. E dessa forma, visando melhorar a democracia na qual vivemos, é preciso entender as reinvidicações, dialogar, pensar como o povo e para o povo, considerando as questões que estão emergindo.
Saber o que acontecerá com esses movimentos é difícil. O que observamos é que a população se uniu, sem distinção de classes sociais ou qualquer outra diferença. E, se vivemos uma democracia, essa tem sido a melhor representação do que o povo é capaz de fazer. Contudo, não se deve perder o foco e deixar que a minoria que protagoniza episódios de violência manche um movimento que quer, única e exclusivamente, mostrar aos governantes que estamos atentos a forma como o nosso País está sendo administrado.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
Receba as novidades em primeira mão!
Cookies: a gente guarda estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa Política de Privacidade.