Alfabetização e desenvolvimento

Alfabetização e desenvolvimento

Por: Janguiê Diniz
26 de Jul de 2012

Ainda de acordo com o Indicador, os dados tornam-se mais preocupantes quando falamos do analfabetismo funcional, relacionado às pessoas que apesar da capacidade de ler frases curtas, não desenvolvem a habilidade de interpretar textos e de fazer as operações matemáticas, atingindo 38% dos brasileiros com formação superior. Ademais e restringindo o quadro de análise, entre as pessoas de 50 a 64 anos, o índice de analfabetismo funcional é ainda maior, atingindo 52%.

Caros leitores, é pesaroso registrar que apesar de sermos a 6ª maior economia do mundo, com mais de 190 milhões de brasileiros, apenas 26% da população é plenamente alfabetizada, pois, 68% da população é constituída por analfabetos funcionais. No que diz pertinência ao assunto, cabe sugerir uma reflexão: o nosso PIB é maior do que o da Suíça, país com pouco mais de sete milhões de habitantes. Entretanto, não possuímos a mesma qualidade de vida dos suíços, que tem apenas 1% de analfabetos no país.

Nossa presidenta, Dilma Rousseff, foi muito feliz em um de seus discursos ao afirmar que “Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes, não é o PIB, é a capacidade de o país, do governo e da sociedade de proteger o seu presente e o seu futuro”. Diante de tal afirmação, a conclusão que exsurge, sem qualquer exercício exegético, é que um país rico é um país sem analfabetos.

De logo, cumpre-nos salientar que países europeus possuem alto grau de alfabetização de sua população. Desta vez citando a Irlanda, 99% da população é alfabetizada. Ainda pela Europa, a Grécia, que apesar da forte crise econômica atual, tem apenas 2,9% de analfabetos. Voltando aos resultados do Inaf, apenas 26% da população brasileira é considerada plenamente alfabetizada – mesmo índice verificado em 2001, quando o indicador foi calculado pela primeira vez.

É oportuno esclarecer que evoluímos. Pouco, mas evoluímos. Mas faz-se estreitamente necessário lembrar que, se no passado a educação condicionou a prosperidade dos países, ainda o faz no presente e fará no futuro. A educação é ainda mais importante hoje. Só e apenas ela é capaz de garantir o sucesso e desenvolvimento em um sistema marcado por incertezas e instabilidades econômicas.

Diante dessas afirmações, certamente, estamos muito distantes de sermos uma nação rica no mundo globalizado. O que falta ao Brasil é instituir, como prioridade, um sistema de educação eficiente, voltado para o mercado. É preciso abandonar a teoria do quadro, giz e livros e buscar diminuir o atraso que existe em relação ao uso de novas tecnologias.

 

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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