Bomba-relógio climática

Bomba-relógio climática

Por: Janguiê Diniz
29 de Mar de 2023

A mais recente luz jogada sobre o assunto veio do último relatório produzido pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). A projeção apresentada é que a temperatura média da Terra subirá 1,5 °C na comparação com a era pré-industrial em algum momento entre 2030 e 2035, como reflexo da atividade humana. Pode parecer, à primeira vista, uma alteração pequena, mas especialistas garantem ter um impacto grande no clima, no nível dos oceanos e na vida em geral. O relatório, porém, deixa claro: é possível frear os efeitos nocivos das mudanças climáticas, se tomadas as devidas ações. Aí reside o problema.

Para combater o aquecimento global e suas decorrências e garantir um futuro habitável na Terra, é necessária uma série de ações coordenadas, em diversas frentes. Uma delas é a emissão de carbono, por exemplo. Apenas um esforço geral para reduções profundas, rápidas e prolongadas de gases levaria à desaceleração notável do aquecimento global. Neste ponto, o ideal esbarra em interesses corporativos e em indústrias como a dos combustíveis fósseis. Apesar de os custos para uso de energias limpas, como a solar e a eólica, terem diminuído bastante nos últimos anos, a força da indústria do petróleo, por exemplo, ainda é grande. Falta, na verdade, interesse político na questão. Enquanto os países não lidarem com esse entrave de frente e com firmeza, não teremos avanços – ou melhor, continuaremos a avançar rumo à destruição.

O relatório do IPCC também aponta que as mudanças no clima têm impactado a segurança alimentar e a da água, além de que eventos de calor extremo terem aumentado as taxas de mortalidade e de doenças. Como não ficar a frente a esses dados? Será que a destruição é mesmo inevitável? A quem interessa continuar explorando os recursos naturais e poluindo o meio ambiente de forma desenfreada por puro lucro? A consciência ambiental e a sustentabilidade precisam ser premissas de qualquer empresa que se propõe a atuar com dignidade e visando criar benefícios para a sociedade.

Estamos em uma corrida contra o tempo. O planeta está não só agonizando, mas dando sinais de que pode “revidar” a qualquer momento – e o tem feito em algumas ocasiões. De nada adianta continuar a explorar os recursos que a natureza nos dispõe indiscriminadamente, se essa prática levar a dias sombrios no futuro. E vai levar. É preciso tomar consciência e começar a agir hoje, bem como exigir de governantes ações mais enérgicas para combater os efeitos nocivos do aquecimento global.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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