Se levarmos em consideração os números totais, 62,5% de famílias brasileiras estão endividadas, o que representa um aumento de 6,39%. Reduzindo este campo de observação e considerando apenas os dados das capitais, 525 mil famílias contraíram dívidas entre 2010 e 2011, um aumento de 11,57%.
A pior situação do país está em Curitiba. A capital Paranaense tem 526.704 de suas 583.453 famílias endividadas, um total de mais de 90%. Seguidos por Florianópolis que apresenta 119.271 de suas 134.271 famílias nesta situação, ou mais de 88%. Mesmo assim, tais dados não chegam a gerar preocupação, já que a região Sul possui renda mais elevada do que a média do país e assim, tem inúmeras instituições financeiras com crédito disponível. A região Nordeste se destacou positivamente. Aracajú foi a capital em que mais famílias quitaram suas dívidas. O número reduziu para 116.764 das 131.362 famílias se encontravam nessa situação em 2010.
Na verdade, o que preocupa é a falta de capacidade para quitar as dívidas. Quase 37% dos brasileiros não têm condições de pagar seus débitos e o grande vilão desse endividamento continua sendo o cartão de crédito. Sem esquecer, é claro, dos cheques e dos empréstimos, que resultam em juros exorbitantes e que afetam diretamente a renda da população. A grande maioria dos brasileiros possui dívidas com compras de sapatos, roupas, carros, celulares, eletrodomésticos e produtos eletrônicos da moda, como tablets e computadores.
Para os especialistas em economia, é aceitável ter um terço da renda comprometida com dívidas, porém, é preciso saber que ao comprometer a renda dessa forma, questões básicas acabam sendo esquecidas ou ficam para segundo plano, como o investimento em educação, por exemplo. A saída de algumas famílias tem sido reduzir o consumo de serviços como internet, telefone fixo, celular e entretenimento, para garantir menos comprometimento da renda e aumentar a possibilidade de quitar as dívidas.
Apesar de estarmos crescendo, economicamente falando, é preciso ter a consciência que o endividamento da população é prejudicial ao futuro do país. Resgatando a crise econômica dos Estados Unidos, faz-se necessário lembrar que o corte do crédito e o aumento dos juros se deu para impedir a onda de inadimplência gerada pelo super endividamento da população. Voltando ao caso do Brasil, caso a população continue a não conseguir quitar suas dívidas, os bancos serão obrigados a diminuir a oferta de crédito e aumentar os juros, freiando assim o crescimento econômico e abrindo possibilidade para uma futura crise.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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