Corrupção e insatisfação popular

Corrupção e insatisfação popular

Por: Janguiê Diniz
07 de Out de 2015

É cada vez mais clara a insatisfação generalizada dos brasileiros com a política nacional e, principalmente, com os políticos, sejam eles do governo ou da oposição. Essa insatisfação passou a ser externada através das críticas generalizadas à corrupção e também percebidas nas manifestações realizadas contra o governo.

A corrupção virou a grande explicação para todos os males do Brasil. De repente, a justificativa para o aumento da gasolina passou a ser a existência de corrupção na Petrobras. A culpa do aumento da conta de luz? Está na corrupção. A necessidade de ajuste fiscal, com corte de verbas para ministérios e investimentos do governo? Foi resultado do prejuízo causado pela corrupção. Os problemas na saúde pública? O aumento do desemprego? Os cortes na educação e em benefícios dos trabalhadores? Tudo causado pela corrupção.

Em resposta a tanta descrença na política nacional, o governo prometeu um pacote anticorrupção ao Congresso, a defesa da reforma política e o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. Vale ressaltar que, claramente, o Brasil vive hoje, além da crise econômica, uma crise política. Entretanto, há outros fatores além da corrupção que configuram os problemas na política nacional.

Podemos começar falando da perda de identidade dos partidos políticos ou até do aumento excessivo do número de partidos políticos. Ao longo da história política brasileira, houve um aumento significativo do número de partidos no universo político, cujas intenções iniciais eram a de canalizar e representar as demandas sociais. No entanto, com os anos, a ideologia política passou a ser cada vez menos importante, reforçando a sensação de distanciamento entre representantes e representados.

A situação de descrédito tem sua origem na ideia comum de que a maioria dos políticos, após eleitos, atua em favorecimento de uma pequena parcela da população, não atendendo as principais demandas da maioria dos eleitores. Hoje, os sentimentos que permeiam o cotidiano dos brasileiros são a decepção, a frustração, a insatisfação. Estamos inundados por uma sensação de injustiça, impunidade e impotência diante de tudo que acontece no cenário publico.

Por princípio básico, o objetivo da democracia é alcançar o bem comum, a igualdade econômica, política e social. Não há democracia sem diálogo e a população precisa ser ouvida. O Brasil é muito maior do que as dificuldades que estamos vivendo hoje. No entanto, devemos ter em mente que para construção de uma nação livre da corrupção e de toda a desigualdade que enxergamos hoje, é necessário que a mudança comece em cada um de nós, através da consciência e da cobrança efetiva aos que nos representam na política. Devemos exigir não apenas uma política mais justa, mas precisamos trabalhar por uma sociedade mais ética.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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