No entanto, crescer não é o suficiente. É preciso haver otimização no uso dos impostos.
A redução da carga tributária é um assunto que merece destaque e deve ser discutido, mas não menos importante está a discussão sobre a ineficiência do uso dos impostos. E o motivo está nos números. O Brasil cresceu 7,5% com uma carga tributária de 24%, e investindo 5%. Hoje o setor privado contribui com 36% em impostos, mais de 3% de déficit nominal, e o investimento do País não passa de 1,5%. Ou seja, é necessário que se pense em eficiência dos gastos. É preciso organizar o que é tirado da sociedade e o que é devolvido a ela.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a comemorar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, que aliás, registrou alta de 1,3% na comparação com o quarto trimestre de 2010. Apesar de o Governo admitir que o crescimento foi menor que o esperado, é certo que o País vem mantendo um ritmo de vitalidade, ainda mais quando nos comparamos com os Estados Unidos, países europeus e até da China, que já começa a demonstrar certa desaceleração.
Sim, o Brasil cresceu. Mas tivemos sorte. O salto da economia chinesa, que teve início há pelo menos seis anos, levou ao incremento das exportações brasileiras. Outro aliado foi a Ásia, que apresentou uma grande demanda por commodities, o que aliviou no resultado de nossa balança comercial. Aliás, os empresários do setor primário foram fortes contribuidores para a expansão da economia brasileira.
Não estou afirmando, porém, que a avaliação do PIB não tem sua importância. O crescimento abre oportunidades no que diz respeito à abertura e ampliação de empresas. Gera emprego e aumento de renda. No entanto, há um ponto a ser considerado. Expandir em demasia e de maneira acelerada pode prejudicar as empresas, que certamente não conseguirão produzir o suficiente para o abastecimento do mercado.
O Brasil pode – e deve – comemorar o resultado do PIB, ainda que em menos percentual que o verificado no ano passado. Trata-se do termômetro da economia do país e os esforços para atingir maiores patamares são primordiais. Mas o Governo Federal não pode deixar que os fogos da comemoração ofusquem os demais problemas da economia brasileira. Sim, eles existem.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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