Crise e futuro

Crise e futuro

Por: Janguiê Diniz
24 de Abr de 2015

Por outro lado, as perspectivas para a crise política não são tão pessimistas. Se no início do segundo mandato do governo Dilma Rousseff, o presidencialismo de coalizão funcionava conturbadamente, é possível que ocorra processo de arrefecimento entre o Congresso Nacional e o Poder Executivo.

Política, economia e opinião pública estão relacionadas simetricamente. O crescimento econômico motiva o aumento da satisfação dos eleitores para com o governo. Quando sufragistas apoiam majoritariamente o governo, o presidencialismo de coalização funciona sem fortes turbulências. Estes mecanismos foram observados em 2011 e 2012, anos iniciais do primeiro mandato do governo Dilma Rousseff.

Neste momento, não há crescimento econômico e, por consequência, os eleitores, majoritariamente, reprovam a gestão de Dilma Rousseff, colocando o regime governamental sobre fortes turbulências. O futuro aparenta ser difícil. Porém, a expectativa é que 2015 sirva para realizar ajustes.

O envolvimento do vice-presidente da República Michel Temer na articulação política é o primeiro passo para a construção de um futuro promissor. Temer, junto com outros ministros e a disposição da presidente da República pode apaziguar a relação com o Congresso Nacional. Com isto, o ajuste fiscal proposto por Joaquim Levy tem condições de ser aprovado.

A aprovação desse ajuste fiscal e o esforço do governo para resgatar a confiança do setor produtivo e da sociedade brasileira farão com que existam esperanças para o futuro próximo. O ajuste fiscal, como bem ressaltam diversos economistas, construirá condições para o retorno do crescimento econômico e o controle da inflação. Caso isto ocorra, surgirão condições mais adequadas para o retorno dos avanços socioeconômico.

O cotidiano da política serve para explicar as crises. Em momentos assim, a opção pela tragédia não é escolha coerente para um país que insiste em avançar desde a época do Império. A melhor opção ainda é o diálogo, o exercício responsável da oposição e o reconhecimento de que, na próxima eleição presidencial, todos os partidos políticos terão oportunidades de oferecer novas opções de agenda ao Brasil.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

Receba as novidades em primeira mão!