Cursos tecnológicos

Cursos tecnológicos

Por: Janguiê Diniz
20 de Mai de 2009

Os CST propiciam formação direcionada às necessidades do mundo do trabalho, além de possibilitar o ingresso de uma parcela significativa da população à educação superior com aquisição de competências profissionais, tornando os cidadãos aptos para a inserção em setores profissionais nos quais haja utilização de tecnologias. Esses cursos conduzem a diplomas de Tecnólogos e os seus projetos pedagógicos devem garantir extrema sintonia com o mundo do trabalho.Trata-se, portanto, de um curso de graduação com características especiais, bem distinto dos tradicionais, cujo acesso se dá, no entanto, por meio de processo seletivo discente semelhante aos dos demais cursos de graduação (bacharelados e licenciaturas).

A organização curricular orienta-se pelos eixos tecnológicos Ambiente, Saúde e Segurança; Controle e Processos Industriais; Gestão e Negócios; Hospitalidade e Lazer; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Cultural e Design; Produção Industrial e Recursos Naturais. Esta organização, segundo o Parecer CNE/CES Nº. 277/2006, homologado pelo MEC em 11/6/2007, “favorece a reestruturação disciplinar, evitando redundâncias, inflexibilidade curricular e modernizando a oferta de disciplinas. Uma das vantagens dessa nova organização é a possibilidade de transitar entre cursos semelhantes com mais facilidade. A organização em grandes eixos é o modo mais adequado para estimular o progresso industrial em linhas prioritárias de governo.”

Face ao exposto e por acreditar nos princípios e diretrizes norteadoras dos CST, expressos na legislação, as Instituições de Educação Superior (IES), especialmente as de natureza privada, responderam positivamente às expectativas do governo, oferecendo Cursos Superiores de Tecnologia em todas as áreas que integram os referidos eixos tecnológicos. Os cidadãos, de várias faixas etárias e de perfis distintos, isto é, jovens egressos do ensino médio, trabalhadores, pessoas da terceira idade, também acreditaram nessa possibilidade de formação em nível superior, em um tempo menor, com foco no mercado de trabalho. A sociedade, representada pelos cidadãos, pelos empresários e pelos educadores, assumiu o desafio de incrementar os CST e de se posicionar como parceira do MEC no processo de construção deste novo saber fazer.Pode-se constatar que esses cursos ganharam destaque no cenário da Educação Superior (ES) a partir da Resolução CNE/CP Nº. 3, de 18/12/2002, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o funcionamento dos CST, analisando a série histórica, de 2003 a 2007, dos Censos do Inep.

Na contramão deste processo histórico, esses parceiros foram surpreendidos, recentemente, com os novos instrumentos de avaliação para fins de autorização e de reconhecimento de CST com exigências idênticas ou até maiores que as estabelecidas para os cursos de bacharelados e licenciaturas. São indicadores e critérios de análise que valorizam, intensamente, titulação e regime de trabalho docente em detrimento da atuação profissional no mercado. Neste contexto, é oportuno que se inicie debates sobre a trajetória, a importância, a situação e o destino dos Cursos Superiores de Tecnologia à luz das novas exigências do MEC, considerando a função social e os postulados preconizados na legislação da Educação Superior sobre esta modalidade de graduação, que tem como base epistemológica a articulação entre a ciência, a tecnologia e o conhecimento real do mundo do trabalho.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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