Custo Brasil

Custo Brasil

Por: Janguiê Diniz
12 de Abr de 2010

Caso a Transnordestina já estivesse pronta, o escoamento da produção de Pernambuco sofreria processo de barateamento. O mesmo ocorreria se as rodovias de Pernambuco, em particular as que ligam Pernambuco à Paraíba e a Alagoas, já estivessem duplicadas e em bom estado. O Brasil carece de estradas adequadas e ferrovias. Eis a razão do aumento do custo Brasil.

Os aeroportos brasileiros, mesmo diante do aumento dos usuários de aviões comerciais, não sofreram necessário processo de expansão. Os principais aeroportos de São Paulo – Viracopos, Guarulhos e Congonhas –, além dos de Brasília e Belo horizonte, já estão com o terminal de passageiros, o estacionamento de aviões e a pista de pouso e decolagem saturados. As empresas aéreas mostram interesse em investir, por conta da expectativa do aumento da demanda, mas a Infraero, empresa estatal que cuida dos aeroportos, não apresenta proposta concreta de melhoria dos aeroportos brasileiros.

Aviões trazem e levam turistas. Se eles estão funcionando precariamente, certamente, o número de turistas diminuirá – em particular o percentual de turistas estrangeiros. Por consequência, o Brasil perderá receita advinda dos tributos. O custo Brasil não afeta apenas a produção e o lucro das empresas. Afeta, também, o turismo e a arrecadação de tributos.

A alta carga tributária imposta pelo estado ao setor produtivo e o custo Brasil inibem o espírito animal do setor produtivo. O empresário tem a intenção de investir. Contudo, ele tem receio, pois a alta carga tributária pode limitar o lucro e impedir o crescimento do setor produtivo. A ausência de investimento do empresariado afeta o crescimento econômico do país e também a geração de empregos.

Existe uma lógica perversa no Brasil: os empresários não investem tanto em razão da alta carga tributária imposta pelo estado. Consequentemente, o estado perde na arrecadação de tributos. Portanto, é conveniente a diminuição da carga tributária brasileira para que o espírito animal do setor produtivo seja exacerbado e o estado passe a arrecadar mais tributos.

O estado brasileiro não pode ignorar o setor produtivo. Este possibilita a conquista de recursos por parte do estado. Do mesmo modo, o poder estatal deve procurar parcerias com a iniciativa privada para captar recursos, os quais serão investidos na infraestrutura de rodovias, ferrovias e portos. A privatização da Infraero não deve ser descartada, caso o estado não tenha condições de realizar investimento no setor aeroportuário. O custo Brasil precisa diminuir.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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