A Universidade de São Paulo (USP), que em 2012 era a única brasileira a figurar a lista das 200 melhores, na 158º posição, agora está no grupo de universidades entre o lugar 226º e 250º. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também perdeu posições e passou de 251º a 275º para 301º a 350º. E não acaba por ai – no ranking das 200 melhores, não há nenhuma instituição de país da América Latina.
Ampliando o quadro de analise, ocupam o primeiro lugar os Estados Unidos, com 77 universidades, seguidos de Reino Unido, com 31, e Holanda, com 12. Diante dos resultados, cabe questionar: por que as universidades americanas são tão boas e por que não conseguimos manter o Brasil na lista de referência em educação?
A primeira resposta, sem dúvidas, está no baixo nível da educação geral no Brasil. É preciso elevar o nível da educação básica no país. No ranking da Times Higher Education são avaliados desempenho dos alunos e produção acadêmica em engenharia e tecnologia, artes e humanidades, saúde, física e ciências da vida e sociais, diante de tais avaliações não podemos apenas massificar a educação, temos que manter qualidade. O desempenho das instituições brasileiras no ranking aponta para necessidade de aprimoramento da infraestrutura de pesquisa e internacionalização.
Focando em outro aspecto, no Brasil, o objetivo da grande maioria dos estudantes do ensino médio é conquistar uma vaga em uma universidade pública, que tem as instituições mais renomadas do Brasil e que tem o ensino custeado pelo estado, pelo governo brasileiro, e o estudante não precisa pagar pelos seus estudos. Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos as universidades mais renomadas e de reputação internacional são particulares – Massachusetts Institute of Technology (MIT), Harvard, Stanford, Yale, Princeton, tantas outras.
Já as universidades públicas dos Estados Unidos são pagas. E a grande maioria delas é estadual. Uma curiosidade nas universidades americanas é que, além de serem pagas, elas cobram valores mais altos de estudantes de outros estados americanos. Isto porque seguem a premissa de que os estudantes do mesmo estado que a universidade contribuem com o subsídio da instituição ao pagar os impostos, enquanto os estudantes de fora do estado contribuem com seu próprio estado. Diferente do Brasil, onde o estudante pode se candidatar a vagas em qualquer estado da federação.
Para concluir, caro leitor, é pelo fato das instituições americanas, tanto públicas quanto particulares, serem pagas, que nos Estados Unidos as famílias abrem poupanças desde muito cedo para economizar o dinheiro para a educação de seus filhos. E são esses exemplos que nos fazem ter a certeza que a educação no Brasil precisa mudar, urgentemente.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
Receba as novidades em primeira mão!
Cookies: a gente guarda estatísticas de visitas para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa Política de Privacidade.