Até o fim de 2012, o Brasil era o segundo país do mundo em número anual de transplantes realizados, sendo mais de 90% pelo sistema público de saúde – os hospitais particulares geralmente não realizam o procedimento devido aos custos. Infelizmente, a falta de informação e o preconceito também acabam interferindo no número de doações. No Brasil, 26.760 pessoas aguardam por um órgão na fila de transplantes e destes, 19.913 aguardam por um rim.
O grande problema é que o número de doadores ainda é muito pequeno em relação ao número de pacientes e a maioria das pessoas tem medo de doar seus órgãos, às vezes por mero desconhecimento do que esse ato pode representar na vida de milhares de pessoas. Além disso, ao contrário do que muitos alegam, a fila de transplantes nacional é regrada, sem influências políticas ou econômicas, dependendo apenas da compatibilidade.
Para entender a importância da doação, basta se colocar no lugar dos que precisam. Como nos sentiríamos se fossemos nós na fila de transplantes? A ansiedade e angústia na espera do telefone tocar com a possibilidade da doação. Um único doador pode beneficiar 25 pessoas e, mais importante ainda, é pensar que entre as 25 vidas salvas podem estar crianças. Além disso, a doação de órgãos não precisa ser feita somente após a morte cerebral, é possível doar rins, parte do fígado, pâncreas, pulmão ou tecidos como a medula óssea durante a vida.
No Brasil, por já possuirmos um processo regulamentado, a doação de órgãos e tecidos é um processo simples, que precisa apenas da autorização da família para acontecer. E quanto mais a população tiver a consciência da importância de se tornar um doador, menor será a fila de espera.
Doar é muito mais que um ato de coragem. É um ato de bondade. É permitir que outras pessoas possam continuar a viver. O que levaremos depois de nossa morte? E o que podemos deixar? Podemos deixar como lembrança o que fizemos pelos nossos semelhantes. E com toda a certeza, a família e o receptor dos órgãos serão gratos.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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