Creio que a eleição presidencial deste ano é a mais importante de todas as próximas eleições brasileiras. Explico: nos últimos 20 anos o Brasil realizou uma série de transformações políticas, algumas traumáticas, e quase todas por meio de um sistema de troca de favores e benefícios, um tanto obscuros, entre o Executivo e sua base aliada. Portanto, o que está em jogo nesta eleição presidencial é a ética e a reconquista da confiança do povo na moralidade do sistema político e nos avanços democráticos. Por isso, muitas dúvidas surgiram.
Pesquisa Eleitoral. Por que somente após o naufrágio das previsões dos institutos de pesquisa a matéria mereceu atenção dos veículos de comunicação? Durante a campanha e as inúmeras pesquisas divulgadas, a internet foi invadida por questionamentos sobre a metodologia aplicada, em especial sobre o “sorteio” ou “escolha” dos municípios pesquisados. Por que todos se calaram durante o primeiro turno? Sabemos o quanto as previsões influenciam os eleitores menos esclarecidos e abalam os ânimos dos candidatos menos cotados.
Fenômeno Marina. Por que Marina espera a Plenária do partido, marcada para o próximo dia 17, para se manifestar sobre que candidato irá apoiar e, se irá apoiar algum? Pelos quase 20 milhões de votos recebidos, parte pela agenda ambiental e a grande maioria pela bandeira da ética, como uma terceira via na disputa presidencial, creio que Marina deva se posicionar a favor de um dos candidatos, sem barganhar cargos e outras vantagens, mas em troca do compromisso de uma agenda política onde a sustentabilidade tenha um papel de maior destaque. Será a grande oportunidade para o Brasil ter uma gestão comprometida com a principal bandeira do PV e da Marina. Sua neutralidade pode ser entendida como se estive “jogando a toalha” e votando em branco.
Transição. Caso o candidato oposicionista saia vitorioso nas urnas, como transcorrerá o processo de transição? Lembro-me que a transição do governo FHC para o governo Lula foi tranquila, republicana e sem ressentimentos pela derrota nas urnas. Inclusive, antes de deixar o governo, FHC instituiu uma lei prevendo recursos para a montagem de uma equipe do candidato eleito, para receber as informações do governo anterior. Com a soberba e clima de “já ganhou” da situação, mesmo surpreendidos no primeiro turno, como será a sucessão se o candidato oposicionista for eleito?
São alguns questionamentos que me faço, sem paixão ou partidarismo, mas por entender que precisamos avançar e não retroceder. Mas não são somente estas dúvidas que me atormentam. Outras dúvidas, não de menor importância, me assombram, mas não quero incomodar o leitor que, sem dúvida, também tem as suas.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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