Em pleno Dia da Consciência Negra, ganhou os jornais a notícia da morte de um homem negro, asfixiado por seguranças de um supermercado de Porto Alegre. João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, teria tido algum desentendimento com funcionários do estabelecimento, e foi brutal e desproporcionalmente agredido, vindo a falecer ainda no local. A notícia chocou e causou indignação, sendo considerada mais um exemplo do racismo estrutural ainda enraizado na sociedade brasileira.
Primeiramente, é importante deixar claro que o racismo existe, sim, no Brasil. Não é algo importado, ou fantasia, mas uma presença constante. Há quem compare nossa situação com a dos Estados Unidos, mas há diferenças profundas entre as realidades dos dois países: lá, o racismo é mais “escancarado”, e, por isso, fala-se mais sobre ele e é mais possível combatê-lo; aqui, tentamos varrer essa mácula para debaixo do tapete, fingindo que está tudo bem. Não está. Se não há racismo no Brasil, por que então mais de 50% de nossa população é de negros, mas não os vemos em todos os locais da sociedade, ocupando mais da metade dos postos de trabalho, por exemplo?
Sobre o caso de João Alberto, ainda se especula bastante sobre o que teria levado a uma reação tão truculenta por parte dos seguranças do supermercado. Nada, no entanto, nada justifica matar um homem. Imobilizá-lo e, se fosse o caso, entregá-lo à polícia, aí sim seria uma ação exemplar. Mas, infelizmente, a cor ainda parece pesar contra algumas pessoas e lhes “tira o valor”. Será que ele seria agredido da mesma forma se não fosse negro? Precisamos, portanto, de mais políticas públicas e, principalmente, de mais educação. Só por meio da educação, que é libertadora, podemos transformar conceitos, quebrar paradigmas e superar preconceitos que já deveriam estar no passado.
Não podemos negar a existência do racismo no Brasil – bem como diversas outras formas de preconceito. Do contrário, é preciso encará-lo de frente, reconhecer os erros históricos e trabalhar para que seja combatido e exterminado. Tudo começa na escola, com uma educação que forme cidadãos íntegros e livres de preconceitos. Assim, teremos próximas gerações mais cordiais e respeitadoras, sem essa visão antiquada de que cor de pele pode dizer quem é melhor ou pior.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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