Jornalismo quebra barreiras

Jornalismo quebra barreiras

Por: Janguiê Diniz
18 de Fev de 2010

Mas, pela quebra de um estigma, que nos faz perceber a alteração nas decisões dos estudantes em relação aos seus sonhos, suas escolhas.

Há muitos anos o curso de Medicina vinha apresentando a maior concorrência na UFPE e demais universidades que oferecem o curso no País. Em Pernambuco, essa concorrência chegou, no ano passado, ao seu recorde dos últimos nove anos. A relação foi de 33,1 candidatos por vaga, contra 27,5 registrados em 2002, o pico da concorrência do curso desde o ano 2000. Mas essa realidade mudou, ao menos este ano.

A escolha da melhor candidata da universidade, Bárbara Buril Lins, aluna da Escola do Recife, pelo curso de Jornalismo mostra a quebra desse paradigma. Os estudantes talvez estejam deixando de seguir o sonho de seus pais. Deixando de escolher o curso almejado por aqueles que o educaram e gostariam de ver seus filhos em melhores posições no árduo mercado de trabalho brasileiro.

Mais que isso, a decisão da estudante melhor colocada na UFPE não apenas revela a vontade dos jovens de seguirem com seus próprios passos como vem em uma hora de polêmica em relação à validade do diploma de jornalismo. O curso ganha força com a colocação no topo do Vestibular no Estado, puxando para cima a auto-estima da categoria, depois da derrubada da obrigatoriedade do diploma, numa decisão do Supremo Tribunal Federal, em meados do ano passado, o que foi posteriormente repensado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

A garota que optou pelo curso de Jornalismo revelou, aos seus 18 anos de idade, que poderia ter escolhido outro qualquer, como Medicina ou Direito, mas a escolha por Comunicação Social se deu porque, segundo palavras dela própria, para ser jornalista é necessário o diploma. Para ser jornalista é preciso ter ética, estudar e preparar-se. Com o resultado no Vestibular, fica a mensagem da estudante de que a profissão requer reconhecimento. E se depender dos jovens que estão se mostrando hoje em dia, esse reconhecimento está próximo, e não apenas do curso de Jornalismo, mas de todos aqueles que possam representar a vontade de vencer. E quando se trata de um estudante que conquistou a primeira colocação na universidade mais concorrida do Estado, essa vontade fica mais evidente e torna-se um grito para quem quiser ouvir.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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