Lições de Joseph Safra, parte 2

Lições de Joseph Safra, parte 2

Por: Janguiê Diniz
21 de Dez de 2020

Um gigante quase invisível. Assim poderia ser definido Joseph Safra, o homem mais rico do Brasil de acordo com a Forbes, que faleceu recentemente aos 82 anos. Apesar de um patrimônio tão expressivo, era avesso aos holofotes e mantinha uma vida discreta, porém bastante atuante. Era um grande incentivador de projetos sociais e culturais.

Joseph Safra tinha um patrimônio estimado em US$ 119 bilhões – o que o tornava, inclusive, o banqueiro mais rico do mundo, apesar de seu grupo empresarial não ser o maior do setor. Claro que todo esse montante sustentou grandes luxos, como a mansão onde morava, que diz-se ter mais de 100 cômodos, mas não era afeito a ostentações ou extravagâncias públicas. Em sua discrição, não deixava de realizar filantropia – era financiador de obras de caridade, hospitais, centros de cultura, entre outras beneficências. Quando alcançamos certa condição na vida, é importante também retribuirmos à sociedade. E Joseph Safra fazia isso muito bem.

Os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, o GRAAC, a APAE e a Pinacoteca de São Paulo são algumas das instituições que recebiam doações de Safra, além de escolas judaicas e sinagogas. O banqueiro nos deixa como ensinamento a importância de nós também, enquanto sociedade, apoiarmos e incentivarmos iniciativas que julgamos benéficas para o mundo. Não se pode esperar apenas que o poder público aja, é preciso que a iniciativa privada faça sua parte. Afinal, todo o patrimônio gerado por instituições volta para a comunidade, de diversas formas.

Cumpre observar, ademais, que filantropias e benfeitorias não devem ser motivo para se vangloriar. São atos de caridade sincera, não “espetáculos”. Joseph Safra era conhecido por suas grandes doações, mas não chamava atenção para isso. Nota-se, portanto, que eram atos de real intenção positiva.

Aprendamos com Safra. Acumular riquezas, conhecimento, patrimônio, tudo isso é mérito de quem realiza. Da mesma forma, cabe a nós acharmos formas de retribuir o meio social em que estamos inseridos e retribuirmos, como mais adequado parecer, tudo o que nos foi agraciado. Esta é a bela lei universal do retorno: recebemos na medida do que ofertamos. É fazer energia positiva circular, pois ela retorna ainda mais forte.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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