Mais renda, menos desigualdade?

Mais renda, menos desigualdade?

Por: Janguiê Diniz
25 de Set de 2012

É através da renda per capita que sabemos o grau de desenvolvimento de um país ou região. O cálculo é bem simples: soma-se toda a produção da economia e divide-se pelo número de habitantes. Em 2002, a renda do brasileiro era de US$ 7.457, passando para US$ 10.894 em 2010. Contudo, apesar deste aumento da renda, o Brasil cresceu menos que países como Rússia, China e Índia.

Junto com o aumento da renda do brasileiro, diminuímos também a diferença de renda entre pobres e ricos, calculada pelo Índice de Gini e que recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011 – quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição de renda no país, ou seja, menos desigualdade. Apenas na região Norte do País o indicador de desigualdade aumentou, passando de 0,488 para 0,496.

Os dados continuam positivos quando analisamos os números relacionados ao desemprego, que teve queda recorde de 20%. A alta desses índices fez com que a chamada “nova classe média” brasileira represente mais de 50% da população. E o crescimento desse segmento, com renda familiar mensal entre R$ 1 mil a R$ 4 mil, deve-se principalmente ao aumento na renda dos mais pobres. Sem dúvidas, a política de valorização do salário foi um dos grandes fatores de redução da pobreza nos últimos anos.

Porém, precisamos ser críticos para continuar crescendo. É de conhecimento de todos que durante os oito anos (2002-2010) do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PIB brasileiro aumentou 4%. Ficamos abaixo da média mundial, que no período foi de 4,4%. Para mudar esses números, precisamos diversificar. Não temos dúvidas que pré-sal, mineração e agronegócios tem seus méritos, contudo, é preciso investir em outras áreas. Peguemos como exemplo a China, que produz de tudo um pouco e mantém altos índices de crescimento.

Além de diversificar, é importante garantir que a população continue possuindo poder aquisitivo para o consumo. Isso significa que é preciso aumentar o número de pessoas na classe média. Mas, como? Esta parcela da população brasileira requer políticas públicas específicas, que impeçam o seu retorno à pobreza e ofereçam oportunidades eficazes para sua contínua progressão.

O crescimento do Brasil nos últimos 10 anos foi claro. Aparecemos para o mundo. Nos tornamos uma economia confiável e passamos pela crise mundial com impactos que em nada se comparam aos sofridos por outros países. Precisamos de mais. Não devemos e nem podemos parar agora. Precisamos de mais investimentos, mais igualdade e cada vez mais condições para a população brasileira.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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