Novo ministro da educação, novos desafios

Novo ministro da educação, novos desafios

Por: Janguiê Diniz
08 de Abr de 2015

Há tempos, Renato Janine se mostra um qualificado intérprete da conjuntura nacional. Os seus artigos, publicados em respeitados veículos de comunicação, mostram que ele compreende o momento do Brasil. Um profissional que entende o papel do professor como fundamental, mas que é a favor de mesclar fontes de conhecimentos na busca por melhores resultados.

Em artigo recente, publicado no jornal Valor Econômico, no qual manteve uma coluna semanal por quatro anos e agora deixa para assumir o Ministério da Educação, Janine questiona se desejamos o impossível. Lá, ele também se coloca favorável ao programa Pronatec, como forma de ampliação da qualificação profissional, da igualdade de oportunidades e do crescimento econômico.

Assim como o Pronatec, o Fies e o Prouni são programas educacionais meritórios e indispensáveis para o crescimento do Brasil. A expectativa de todos é que Renato também apoie estas iniciativas aprovadas por toda a sociedade brasileira. Vale lembrar que a presidente Dilma, desde o início do seu governo, em 2011, defendeu e incentivou os três programas.

Renato Janine se diz um defensor do diálogo. No entanto, este passa a ser o seu primeiro desafio, visto que no início do novo mandato da presidente, os membros do ministério da Educação não optaram pelo diálogo. E como consequência disto, decisões e medidas apressadas em relação ao Fies foram e são alvos de questionamentos por parte da sociedade e dos estudantes brasileiros que desejam realizar um curso superior.

Torcemos para que Renato seja, de fato, favorável ao diálogo. Torcemos, também, para que o diálogo traga consigo novos programas educacionais e que os meritórios programas já existentes sejam fortalecidos e ampliados. Acreditamos que este constitui um papel de extrema importância para o Senhor Ministro: dialogar com todos os atores envolvidos na luta para a melhoria dos indicadores educacionais brasileiros, sejam eles da iniciativa pública ou privada.

Já está ultrapassada a época em que a gestão educacional brasileira era conduzida por filosofias arcaicas e que prejudicavam o avanço dos indicadores educacionais nacionais. Hoje, o ensino superior precisa ser reconhecido como ator estratégico, que proporciona a igualdade de oportunidades. Universidades públicas e privadas têm papeis importantes no ambiente social, desde que cada uma exerça as suas funções e ofereça educação com a qualidade que a sociedade exige e necessita.

Embora as condições econômicas atuais não sejam propícias para a ampliação de investimentos na educação, cremos que o novo ministro da Educação deve focar suas energias na melhoria do ensino básico, com a diminuição da evasão, da repetência e da ampliação da qualidade – considerado de péssima qualidade; na diminuição do analfabetismo – cerca de 10% da população brasileira é analfabeta, sem contar nos 30 milhões de analfabetos funcionais, na ampliação de vagas no ensino superior – apenas 15% da população com idade universitária de 18 a 14 anos estão nas universidades, um dos piores índices do mundo. Boa sorte Janine. O ensino superior privado brasileiro estará ao seu lado.​

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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