Há tempos, Renato Janine se mostra um qualificado intérprete da conjuntura nacional. Os seus artigos, publicados em respeitados veículos de comunicação, mostram que ele compreende o momento do Brasil. Um profissional que entende o papel do professor como fundamental, mas que é a favor de mesclar fontes de conhecimentos na busca por melhores resultados.
Em artigo recente, publicado no jornal Valor Econômico, no qual manteve uma coluna semanal por quatro anos e agora deixa para assumir o Ministério da Educação, Janine questiona se desejamos o impossível. Lá, ele também se coloca favorável ao programa Pronatec, como forma de ampliação da qualificação profissional, da igualdade de oportunidades e do crescimento econômico.
Assim como o Pronatec, o Fies e o Prouni são programas educacionais meritórios e indispensáveis para o crescimento do Brasil. A expectativa de todos é que Renato também apoie estas iniciativas aprovadas por toda a sociedade brasileira. Vale lembrar que a presidente Dilma, desde o início do seu governo, em 2011, defendeu e incentivou os três programas.
Renato Janine se diz um defensor do diálogo. No entanto, este passa a ser o seu primeiro desafio, visto que no início do novo mandato da presidente, os membros do ministério da Educação não optaram pelo diálogo. E como consequência disto, decisões e medidas apressadas em relação ao Fies foram e são alvos de questionamentos por parte da sociedade e dos estudantes brasileiros que desejam realizar um curso superior.
Torcemos para que Renato seja, de fato, favorável ao diálogo. Torcemos, também, para que o diálogo traga consigo novos programas educacionais e que os meritórios programas já existentes sejam fortalecidos e ampliados. Acreditamos que este constitui um papel de extrema importância para o Senhor Ministro: dialogar com todos os atores envolvidos na luta para a melhoria dos indicadores educacionais brasileiros, sejam eles da iniciativa pública ou privada.
Já está ultrapassada a época em que a gestão educacional brasileira era conduzida por filosofias arcaicas e que prejudicavam o avanço dos indicadores educacionais nacionais. Hoje, o ensino superior precisa ser reconhecido como ator estratégico, que proporciona a igualdade de oportunidades. Universidades públicas e privadas têm papeis importantes no ambiente social, desde que cada uma exerça as suas funções e ofereça educação com a qualidade que a sociedade exige e necessita.
Embora as condições econômicas atuais não sejam propícias para a ampliação de investimentos na educação, cremos que o novo ministro da Educação deve focar suas energias na melhoria do ensino básico, com a diminuição da evasão, da repetência e da ampliação da qualidade – considerado de péssima qualidade; na diminuição do analfabetismo – cerca de 10% da população brasileira é analfabeta, sem contar nos 30 milhões de analfabetos funcionais, na ampliação de vagas no ensino superior – apenas 15% da população com idade universitária de 18 a 14 anos estão nas universidades, um dos piores índices do mundo. Boa sorte Janine. O ensino superior privado brasileiro estará ao seu lado.​
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.