No mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; existem 1 bilhão de analfabetos; 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres; 1,5 bilhão de pessoas vivem sem água potável; 1 bilhão de pessoas passando fome e mais de 840 milhões de famintos. Diariamente, vemos propagandas sobre economia de água e de energia, no entanto, não acompanhamos campanhas contra o desperdício de alimentos.
Em 2013, cerca de um terço de todos os alimentos produzidos para consumo humano foi perdido ou desperdiçado. Isso significa aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas, totalizando 750 bilhões de dólares anuais ou 2 bilhões de pessoas a mais que poderiam estar sendo alimentadas. A maior parte desse desperdício acontece nas fases de pós-produção, como colheita, transporte e armazenamento.
Sem dúvidas, não existe consciência sobre isso, nem nos países mais ricos. Há consciência para produzir mais alimentos, visando atender o consumo, mas não para melhorar o desperdício de alimentos, sobretudo através de conscientização e educação. Claro que não podemos culpar apenas a falta de conscientização como causa para o desperdício de alimentos. Nos países em desenvolvimento, o desperdício dos alimentos é relacionado à infraestrutura inadequada, enquanto nos países mais desenvolvidos o problema ocorre durante as fases de comercialização e consumo.
E assim, voltamos a um problema já conhecido por todos nós: a falta de infraestrutura. Para reduzir as perdas de alimentos, melhorando os índices e resultando também em benefícios econômicos para o País, é preciso investir mais em diversas áreas, como portos, estradas, armazéns e transportes refrigerados para a melhor conservação dos produtos. Além disso, faz-se necessário investir também na melhoria da informação como forma de conscientização.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), apesar de ser a região que menos desperdiça no mundo, com 6%, a América Latina “joga fora” todos os anos 80 milhões de toneladas de alimentos, ou seja, 15% de sua produção anual. O Brasil já foi premiado por ter reduzido a fome antes do prazo de 2015, estabelecido pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que em sua primeira meta previa a diminuição, pela metade, da proporção de pessoas com fome. Mas, isto ainda é pouco. Precisamos acabar com a fome e a pobreza em sua totalidade.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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