Sabe-se que por possuir inúmeros rios em toda sua extensão territorial, o Brasil investe maciçamente nas hidrelétricas e está entre os cinco maiores produtores mundiais dessa forma de energia, possuindo atualmente 158 usinas hidrelétricas de grande porte. Em 2011, o governo brasileiro autorizou a construção da terceira maior central hidrelétrica do mundo, no meio da Amazônia, a hidrelétrica de Belo Monte, parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além desta, a previsão é que, entre 2016 e 2020, sejam construídas dez novas usinas na Amazônia, utilizando rios importantes da região, como o Tapajós e Jamanxim, no Pará.
A título de informação, Belo Monte será a maior hidrelétrica em território nacional e utilizará as águas do rio Xingu, afluente do Amazonas e a obra, que inicialmente custaria 19 bilhões de reais, já está estimada em 35 bilhões. As águas serão represadas em dois lagos artificiais com superfície de 668 Km², o que equivale ao lago suíço de Constança. Mas, antes de pensar nos benefícios resultantes de uma obra como esta, é preciso avaliar os impactos ambientais que serão causados.
No caso de Belo Monte, mais de 20 mil pessoas serão removidas da área a ser inundada. Mas, o comum a todas as hidrelétricas é o grande impacto sofrido pelo ecossistema da região, principalmente na fauna e a flora. O grande volume de represamento da água contribui bastante para esta destruição, visto que diversas espécies morrem ao ficarem submersas e aqueles animais que conseguem fugir acabam precisando se adaptar em novos lugares, saindo de seu habitat natural.
É fato que a produção de energia é um fator essencial para o desenvolvimento sócio-econômico de qualquer país, mas os impactos sócio-ambientais causados por essas, normalmente não são visíveis para a sociedade, que na maioria das vezes desconhece os projetos e as principais consequências de obras dessa magnitude.
Uma alternativa dos países desenvolvidos para produção de energia elétrica com menos impacto que os trazidos pelas hidrelétricas, são as usinas eólicas, que transformam a energia cinética dos ventos em energia elétrica. Ilustrativamente, existe cerca de 20.000 turbinas eólicas de grande porte em operação no mundo, grande parte está concentrada nos Estados Unidos. Na Europa, há projetos para gerar 10% da energia elétrica a partir da eólica, até o ano de 2030.
Apesar de pouco utilizada aqui, o Brasil produz e exporta equipamentos para usinas eólicas. Talvez essa seja a hora de pensarmos como um país desenvolvido e investir em tecnologias que não destruam nosso ecossistema.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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