O legado da Copa

Por: Janguiê Diniz
21 de Jul de 2014

Pesquisa do instituto Datafolha revelou que 83% dos estrangeiros aprovaram a organização da Copa. Diante deste dado, suponho que a imagem do Brasil para o mundo será melhor após a Copa. Com isto, haverá mais interação comercial, mais turistas no País e mais cobertura da mídia mostrando para o mundo os aspectos positivos desta grande nação.

O pré-Copa foi cercado de pessimismo. Devemos confessar: nós, brasileiros, adeptos do improviso, não acreditávamos que o Brasil funcionaria na Copa. As indagações costumeiras eram: faltará táxi durante a Copa? E a polícia dará segurança à população e aos turistas? Manifestações ocorrerão? E os aeroportos? A frase “imagine na Copa” conquistou amplo espaço nas redes sociais.

Se estávamos pessimistas com a organização, sobrava-nos otimismo com o desempenho da seleção brasileira. Acreditávamos que os nossos futuros heróis entrariam em campo e derrotariam os oponentes com facilidade. No entanto, desde a estreia, a seleção brasileira mostrou que o acaso poderia proporcionar o sucesso. Mas, sem a existência dele, o título não viria. Dito e feito. O Brasil foi goleado pela Alemanha. E o sonho da conquista do hexa foi interrompido.
Entretanto, o desempenho da seleção brasileira em campo não pode ser confundido com a organização da Copa. Esta última foi um sucesso. Se o pessimismo existia antes da Copa, logo na abertura o “Vai ter Copa” tomou lugar do “Não vai ter Copa” nos ambientes virtuais e o transcorrer da Copa foi tranquilo, sem percalços.

E o que ocorrerá após a Copa? Desconfio que os brasileiros estão mais exigentes. Neste caso, irão sempre perguntar: se o Brasil funcionou bem durante a Copa, por que não funcionará após a Copa? Ou seja: se o transporte público e segurança funcionaram no transcorrer do maior evento esportivo do planeta, então, eles devem também funcionar adequadamente após o fim do grande evento.

Se a indagação sugerida estiver na mente dos brasileiros, a Copa contribuiu para o aperfeiçoamento da sociedade brasileira. Se já éramos críticos e exigentes, passaremos a ser mais. Se não tínhamos vergonha de protestar, continuaremos a reclamar e exercendo a cidadania. Portanto, a Copa deixará o seguinte legado: sabemos agora que quando governos querem fazer, eles fazem.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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