O Maranhão da família Sarney

O Maranhão da família Sarney

Por: Janguiê Diniz
14 de Ago de 2013

Segundo dados do IBGE, o Maranhão apresenta a menor expectativa de vida na média de homens e mulheres– 68,6 anos. Além disso, o Estado possui a segunda pior taxa de mortalidade infantil do país, apenas atrás de Alagoas, com 29 crianças com menos de um ano mortas para cada mil nascidas vivas. As três piores cidades em renda per capita também pertencem ao Maranhão, de acordo com o recentemente divulgado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – Marajá do Sena (R$ 96,25), Fernando Falcão (R$ 106,99) e Belágua (R$ 107,14).

Ampliando os dados, nada menos que 21,5% dos maranhenses acima dos 15 anos são analfabetos – isso representa o dobro da média nacional – e só 12,5% das casas maranhenses tem água e esgoto, enquanto no Brasil a média é de 70% e nada menos que 65% do estado é classificado como miserável, um recorde no país. Índices contraditórios quando observamos que o Maranhão possui seis rodovias federais, três ferrovias, um maiores complexos portuários do nordeste e energia abundante de dois lados, vindas da Chesf e de Tucuruí.

Não é novidade que o Maranhão é um Estado sob influência política de Sarney e sua família. Já são cinco décadas da família no poder. Por lá o sobrenome Sarney já está em 161 escolas, além de hospitais, bibliotecas, avenidas, pontes, fórum. O fato é que, sob o domínio dos Sarney, o Maranhão não só permaneceu nas piores posições nos indicadores sociais, mas também viu suas terras serem desmatadas e poluídas, a educação ser sucateada e os meios de comunicação ficarem concentrados nas mãos de políticos – estima-se que ele seja proprietário de mais de 40 veículos, entre jornais, rádios e TVs.

O que mais impressiona, é que o Maranhão é um estado rico em jazidas minerais e gás natural, além de possuir água doce em abundância e ter localização privilegiada, com um porto mais próximo dos Estados Unidos e da União Europeia do que os do Sul e Sudeste. Claro que não estamos culpando os Sarney pelo não desenvolvimento do estado e muito menos queremos culpar a população.

Entretanto, mais uma vez, repetimos que a deficiência de educação faz com que a população não se desenvolva, tantos nos aspectos econômicos quanto cultural e social. E esta é a grande questão: se não há educação para o povo, este se torna leigo diante dos acontecimentos e passa a aceitar as decisões políticas, sem contestar e sem acreditar que é possível mudar.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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