O Presidente e o CEO

O Presidente e o CEO

Por: Janguiê Diniz
20 de Dez de 2010

O ambiente estatal é recheado de interesses, os quais constroem o presidencialismo de coalizão. Sem este, governos não sobrevivem. Ou melhor: não adquirem condições de governabilidade para a realizarem uma boa gestão.

Entretanto, o excesso de interesses fragmentados e a ausência de espírito republicano de alguns atores dificultam a realização de um bom governo. Deve-se qualificar dado governo como bom quando ele é republicano e a máquina é eficiente no provimento de bens públicos.

De acordo com Max Weber, existem dois tipos de estados: a tradicional e o moderno. No primeiro, práticas patrimonialistas e clientelistas estão presentes. Em um ambiente patrimonialista, os interesses privados se sobrepõem ao público. E alguns indivíduos são privilegiados com os favores do estado – clientelismo político.

O estado moderno é a antítese do tradicional. A máquina pública busca atender as demandas da sociedade através do corpo burocrático, o qual é composto por pessoas escolhidas de modo impessoal. O clientelismo inexiste, pois o estado busca não fomentar privilégios em seu interior.

Na formação do presidencialismo de coalizão, independente dos partidos que o integram, práticas que fazem parte do estado tradicional são encontradas. Verificam-se também escolhas técnicas por parte do presidente da República na formação do governo. Em razão disto, o estado brasileiro é híbrido – características tradicionais e modernas estão presentes em seu interior.

O CEO de uma grande empresa, no instante de escolher um diretor, considera a competência e a reputação dos candidatos. Por sua vez, o presidente da República não tem esta independência, já que precisa criar condições para governar. E, por vezes, os melhores nem sempre são os escolhidos. Torcemos para que a equipe de transição do governo da nossa presidente eleita consiga aliar interesses políticos e competências gerenciais para a escolha de seu staff.

 

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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