FHC, ao criar o Plano Real e ao realizar as privatizações, pavimentou o crescimento da economia brasileira. O Plano Real trouxe a estabilização econômica. Os indivíduos adquiriram condições de programar os seus investimentos. As privatizações possibilitaram que investimentos estrangeiros chegassem em considerável volume ao Brasil. A privatização do sistema de telefonia possibilitou a universalização da comunicação entre os indivíduos. Logo, não podemos negar que as privatizações e o Plano Real proporcionaram um grande crescimento econômico de nosso país.
Doutra parte, o presidente Lula, antes de ser eleito para o seu primeiro mandato, assumiu o compromisso com a sociedade, através da Carta aos Brasileiros, de que a política econômica não seria modificada. E, como era esperado, cumpriu com a palavra. Em virtude disso, o Brasil teve um bom desempenho econômico durante os seus dois mandatos.
Em meados de 2008, surgiu a crise econômica. Uma das mais graves da história. Crise iniciada nos Estados Unidos, mas que logo, em virtude da globalização da economia, atingiu diversos países do mundo, inclusive o Brasil. O governo Lula agiu rapidamente. A rapidez do presidente contagiou o setor produtivo e os consumidores. O Presidente cobrou dos empresários investimentos e dos consumidores, que não hesitassem em consumir. Os empresários e os consumidores seguiram a conclamação do presidente e movimentaram a economia.
O Estado, por outro lado, acertou quando investiu recursos públicos para estancar a crise. Não existe contradição nenhum entre desempenho capitalista e estado. O setor produtivo ao estar pujante irriga o estado com recursos em forma de tributos. Com isso, o estado adquire condições de prover bens e serviços públicos com eficiência. Portanto, o estado, em momento de crise, deve sim reduzir impostos, oferecer créditos, e financiar a expansão do setor produtivo.
Nesta perspectiva, o presidente Lula agiu corretamente ao facilitar o crédito através dos bancos públicos, ao reduzir os juros, ao reduzir tributos, em especial o IPI, ao incentivar, através do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), a fusão de empresas. Apesar do crescimento pífio de 2009, o Brasil sai fortalecido desta crise, e para 2010 resultados positivos com certeza virão.
Em 2010, segundo previsões de economistas, teremos crescimento econômico em torno de 4%. Não é o desejado, friso! Contudo, não podemos esquecer que nos últimos 16 anos a classe C recrudesceu. E, com isso, a economia brasileira ganhou mais consumidores. Por outro lado, a desigualdade social também foi reduzida além de que muito mais indivíduos estão frequentando as escolas de ensino básico e o ensino superior, embora, ainda não seja o desejado. Então, por que não acreditar no Brasil?
Em 2010 ocorrerão eleições. Felizmente o presidente Lula, que quer ficar na história como democrático, não aceitou as propostas indecentes de alguns, no sentido de pleitear um terceiro mandato. Diferentemente de alguns países da América latina, e em especial da Venezuela, aqui as regras constitucionais do jogo democrático foram respeitadas e com isso ganhou ainda mais a democracia, embora, como escrevi anteriormente, a democracia brasileira ainda não se faz plena, mas, é ainda imperfeita.
PT e PSDB disputarão como favoritos as eleições do próximo ano. Qualquer um que vencer, ou outro partido que venha a ser surpresa na disputa, certamente não optará por mudar a política econômica. Acredito que o próximo presidente lutará pela melhoria da gestão pública, pela redução dos gastos públicos desnecessários e pelo forte investimento em infra-estrutura. Eu acredito no Brasil. Acredito em Pernambuco. O Brasil não é mais o país do futuro; é o próprio futuro. Nós, brasileiros, devemos nos orgulhar de sermos uma economia em forte crescimento. O desenvolvimento econômico do Brasil e, em especial, de Pernambuco já é realidade. Uma realidade há tanto tempo sonhada.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.