Para além da economia

Para além da economia

Por: Janguiê Diniz
28 de Jan de 2014

Tradicionalmente, os debates ocorridos em Davos são semelhantes. Ausência de crescimento econômico, aumento do mercado de consumo interno, ausência de controle da inflação, controle de gastos públicos e desburocratização das amarras que impedem o capitalismo de funcionar a contento. Tal debate é enjoativo, embora seja necessário.

A presidenta, Dilma Rousseff, relutou em ir a Davos durante o seu mandato presidencial. Em razão da inquietude do mercado, já que os principais atores estão desconfiados do futuro da economia brasileira, e das eleições presidenciais que se aproximam, a presidente do Brasil optou por participar desta vez. Em seu discurso, Rousseff falou o que o mercado desejava ouvir, ou seja: que o Brasil não abandonará os pilares da economia trazidos por Fernando Henrique Cardoso (FHC) durante a implantação do Plano Real.

O controle dos gastos públicos e da inflação, câmbio flutuante e condições para que o capitalismo se desenvolva foram os pilares da era FHC e que permaneceram nas eras Lula e Dilma. E ,apesar da presidenta Dilma ter agido, em alguns momentos, para abandonar tais pilares, felizmente, ela não os abandonou.

O discurso da presidente Dilma Rousseff em Davos foi importante diante do momento da economia brasileira. Mas, assim como o encontro de Davos, não trouxe nada de novo. Dilma apenas reforçou os desejos do mercado. Contudo, a presidente poderia ter dito algo mais. Em vez de se deter apenas ao discurso meramente econômico, ela poderia ter dado ênfase aos programas educacionais que estão sendo implantados desde a era FHC. Dentre estes, destacamos: expansão do ensino superior privado, Prouni e Pronatec.

Foi com o ex-ministro Paulo Renato Souza (já falecido) que o ensino superior privado adquiriu condições para se expandir. Com isto, mais oportunidades para aqueles que não conseguiam realizar o sonho de obter um diploma de nível superior. Na era Lula, o Prouni foi criado. Este programa possibilita que pessoas, sem condições de arcar com as mensalidades das instituições privadas, conquistem uma graduação. E, recentemente, a presidente Dilma criou o Pronatec – que oferta cursos técnicos e profissionalizantes para os brasileiros que findaram o ensino médio. Tais medidas na área educacional estão preparando o Brasil para o futuro.

Não devemos analisar um país apenas pelos pilares tradicionais da economia – controle dos gastos públicos e da inflação, câmbio flutuante e desburocratização. Eles são importantes, mas precisamos ampliar nosso olhar. É através da educação que a igualdade de oportunidades surge. E com isto, maior desenvolvimento econômico e social para uma nação.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

Receba as novidades em primeira mão!