As ações da PF tiveram o conhecimento prévio do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, o que constata a vontade política do governador Sérgio Cabral em expurgar as mazelas na corporação policial.
Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos vem adotando a mesma postura. A Corregedoria Única de Polícia atua de modo eficiente, tiraram das ruas os agentes da segurança acusados de práticas ilícitas, a exemplo do afastamento de oito PMs suspeitos de torturar e humilhar presos, forçados a se beijarem. Além disso, diversas operações foram realizadas nos últimos anos com intenção de enfrentar grupos de extermínio, resultando na prisão de policiais e ex-policiais.
A contaminação do sistema de segurança pública por criminosos revela que a criminalidade é um fenômeno complexo. A ação eficaz da lei é comprometida por esses atores inseridos no poder estatal, que não respeitam o limite entre as ações lícitas e as ilícitas, movidos por defeitos morais. Mas o desvirtuamento do seu encargo deve ser severamente punido. Do “protetor do povo” deve ser exigida prudência e equilíbrio para que não ocorram deslizes.
A Polícia é o poder coercitivo inicial no processo de construção da ordem social. Se ela não funciona adequadamente, a feitura desta ordem é prejudicada. O sucesso de ações como a Operação Guilhotina no Rio de Janeiro geram benefícios para a sociedade, reforçando a confiança do povo na instituição policial e valorizando os agentes que sabem do seu papel: enfrentar, através da utilização de meios legais, a criminalidade no País.
