Na essência precisamos aumentar investimentos e a produtividade da economia brasileira. Isto requer, inicialmente, a realização das reformas: tributárias, fiscais, previdenciária e trabalhista. Além de melhoria do ambiente de negócios no país, infraestrutura e melhor treinamento e aparelhamento da mão de obra.
Podemos citar como exemplo a Irlanda, que cresceu fortemente na década de 90 e, depois da crise mundial de 2008, teve sua economia afetada pelo estouro de uma bolha no mercado imobiliário. Os investidores fugiram e a dívida bruta do país saltou de 24% para 62% do PIB de 2007 a 2009. O Fundo Monetário Internacional e a União Europeia tiveram de emprestar 85 bilhões de euros para evitar uma quebradeira. A agência Moody’s tirou o grau de investimento da Irlanda em julho de 2011, assim como fez com o Brasil, e a reação Irlandesa veio com uma série de medidas.
Por lá, o salário mínimo foi cortado em 12% e o imposto de renda mudou as regras. O país também fez reformas estruturais. Anunciou mudanças nas regras para a Previdência, e o resultado foi a recuperação do grau três anos depois do início da crise.
Voltando para o Brasil, tudo começa com o resgate da confiança e da credibilidade, com a implantação de medidas que atendam as expectativas dos agentes econômicos. Essa medida precisa ser realizada a curto prazo. Assim, o índice de confiança da indústria, calculado pela FGV e que caiu 23,8% desde janeiro do ano passado, ajudaria a retomada do investimento e do consumo.
Como consequência desse aumento de confiança e consumo está a volta de investimentos e investidores no País. O investidor voltaria a colocar mais dinheiro no Brasil, trazendo empresas de fora, investindo em empresas locais ou participando de projetos de infraestrutura, por exemplo. Da mesma forma, os empresários passariam a investir mais em seus negócios.
No médio e longo prazos, é fundamental a volta do crescimento da produtividade. O aumento da produtividade, tanto no trabalho como na economia, é fator fundamental para o crescimento sustentável do PIB e da renda. A produtividade do trabalhador depende da melhora na educação, assim como do aumento dos investimentos no país, os quais se encontram em níveis baixos como proporção do PIB.
Mais importante que todas essas ações é parar de cometer erros. A situação econômica que o Brasil enfrenta não nos permite errar mais. Os políticos precisam adotar perfis de gestão e ser assertivos em suas decisões. Errar só irá levar o Brasil a se aprofundar na crise. Então, resta a opção de retomar a responsabilidade e reorganizar as bases do crescimento.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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