Políticas para a juventude

Políticas para a juventude

Por: Janguiê Diniz
28 de Out de 2014

Com a implementação da Política Nacional da Juventude, a partir de 2005, avanços importantes foram registrados, como o aumento do número de jovens no ensino superior e a retirada de milhões deles de situações de risco. No entanto, as discussões sobre ações ligadas a juventude entraram recentemente na agenda das políticas públicas, principalmente quando falamos sobre o debate das medidas socioeducativas realizadas pelas instituições voltadas para essas demandas.

De fato, a exclusão ainda é o maior problema da política juvenil. Além dela, é preciso incluir a preocupação com a educação de qualidade, a saúde integral, o acesso à cultura, esporte e lazer, além do enfrentamento à violência contra a juventude, em especial, contra os jovens negros, que ainda são as principais vítimas da violência no país.

Infelizmente, há também um grande número de jovens infratores e as políticas socioeducativas brasileiras tem se mostrado ineficazes também para eles, principalmente quando falamos de internações em estabelecimentos educacionais. As instituições, assim como as cadeias, estão superlotadas e não possuem projetos de ressocialização que estimulem os infratores a estudar ou a buscar uma colocação no mercado de trabalho.

Na grande parte dos casos, a violência é resposta às desigualdades socioeconômicas e a prática de crimes não é restrita apenas aos jovens das camadas pobres da sociedade. No entanto, quando o jovem é internado, ele sofre uma série de mudanças que envolvem aspectos de atitude, pensamentos, gestos, palavras e olhares e serão as práticas disciplinares adotadas que irão trabalhar a ressocialização desses indivíduos.

Mais uma vez, ressaltamos a importância da educação. É preciso pensar que esses jovens, indiferente de classe, cor ou gênero, necessitam de ajuda e que, se não houver incentivo em atividades educacionais no período de internação, não haverá mudanças de comportamento. Os jovens internados precisam ter acesso à escola regular de ensino fundamental e médio, além de outros projetos que devem incluir a capacitação da mão de obra, para que existam possibilidades quando eles deixarem as instituições. Caso contrário, as instituições socioeducativas perdem o sentido e nós perderemos, definitivamente, nossos jovens.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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