A proposta não é má, afinal, o Brasil abrigará uma Copa do Mundo em quatro anos e o número de visitantes que o País receberá pode ser o suficiente para mostrar a deficiência da infraestrutura brasileira na questão do transporte aéreo. A participação do setor privado nos novos terminais dos aeroportos paulistas de Guarulhos e de Viracopos poderá desafogar terminais que serão vitais para a Copa de 2014. Empresas como TAM e Gol já se manifestaram para construir e operar novos terminais, com um prazo de concessão que deve chegar a 20 anos. No entanto, o PT, partido do anterior e também do atual Governo Federal, sempre criticou a privatização.
Acontece que nem sempre a iniciativa pública tem capacidade de gerir determinados setores sem a participação privada. Em oito anos, o Governo Lula não percebeu isso e preferiu recriminar toda e qualquer privatização no setor. Mas trata-se de um mal necessário. Dilma Rousseff vai na contramão de seus próprios princípios e resolve sinalizar a intenção de privatizar os aeroportos, mas que não sejam apenas medidas provisórias. Não dá para continuar governando o País com MPs. O Brasil precisa seguir com projetos de longo prazo e não com medidas emergenciais.
Não estamos discutindo aqui a privatização pela privatização. Mas é preciso que a parceria esteja presente em determinadas áreas que não recebem a devida atenção do Governo. É preciso fortalecer e dar mais independência às agências reguladoras. Sabe-se que o setor aéreo precisa de pelo menos R$ 5,5 bilhões para ficar apto a receber os visitantes da Copa do Mundo. Os dados são da Infraero sobre a necessidade de investimento do Governo Federal nos aeroportos ligados às 12 sedes dos jogos mundiais.
Mas somente agora – e finalmente – o Governo Federal admite que não pode cuidar sozinho do assunto, tecnicamente falando. Agora o Governo percebeu o que é o melhor para o País. Mesmo criticando propostas pelo simples motivo de terem sido idealizadas por governante de outro partido, agora o Governo aceita a privatização. O Brasil precisa crescer e não pode haver entraves quando o assunto é infraestrutura, aliás, o maior calo do País. Mas, antes disso, o Governo também precisa crescer, e entender que a parceria, seja com o setor privado ou ainda com ideais de partidos opostos, é importante. Ou mais que isso: fundamental.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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