Recife, chuva e a Copa

Recife, chuva e a Copa

Por: Janguiê Diniz
24 de Abr de 2013

A Veneza brasileira amanheceu com inúmeros pontos de alagamento, blecautes de energia elétrica e semáforos de trânsito apagados. O resultado, não é nenhuma novidade para quem vive na capital pernambucana: caos no trânsito, deslizamento de barreiras, calçadas cobertas de água, impedindo a circulação dos pedestres e ruas inteiras inundadas, impedindo o tráfego de veículos.

Se todos esses problemas já se tornam graves para a população que reside na cidade, acrescentem a proximidade de um evento que será transmitido mundialmente – a Copa das Confederações. E, não menos importante, é citar que tanto a Copa das Confederações quanto a Copa do Mundo e Olimpíadas acontecerão no período de inverno no Nordeste.

Claro que uma das maiores preocupações em sediar um evento do porte de uma Copa das Confederações ou Copa do Mundo é, sem dúvidas, a qualificação e infraestrutura da rede hoteleira das regiões onde acontecerão os jogos. Apenas para a Copa do Mundo, o Brasil irá investir cerca de R$ 33 bilhões em transportes públicos , construções de aeroportos, segurança, viadutos e etc., e transformar 12 cidades-sede em cidades com padrões internacionais.

As cidades que receberão os jogos da Copa da Mundo estão correndo contra o tempo para finalizar as obras, para garantir mobilidade e as condições de receber os milhares de turistas que deverão vir para acompanhar os eventos. Contudo, diante do que temos visto, a cada chuva que cai no Recife, cabe perguntar se as estratégias adotadas serão suficientes para não darmos vexame diante dos expectadores mundiais.

É indiscutível que um evento deste porte aumenta turismo nas cidades-sede, mas, fica claro que o mais importante está relacionado às mudanças estruturais que acontecerão nas cidades e que permanecerão pós-evento, com investimentos em infraestrutura, melhorias no sistema viário das cidades. Mas não podemos nos deter apenas a isso. É preciso olhar pela população, que continua sofrendo, todos os anos, com os mesmos problemas.

As estratégias para o período chuvoso não podem ser adotadas quando as chuvas começam. É preciso estar preparado antes. A limpeza dos nossos rios e canais não pode esperar. As campanhas educativas para que a população tenha consciência do seu papel são necessárias. O Recife tem história, tradição e capacidade de ser uma cidade referência no Brasil e, porque não dizer, no mundo.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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