Faltando quatro anos para as olimpíadas do Rio, e apenas dois anos para a Copa do Mundo no Brasil, as condições estruturais do nosso país para receber eventos com este porte começam a preocupar. Ainda não temos prontas nenhuma das obras necessárias.
Com total certeza, os jogos em Londres foram uma aula de organização e competência, e muitos pontos precisam ser referência para o Brasil, como transporte e segurança. Durante as duas semanas de jogos não se ouviram relatos de incidentes e os metrôs e ônibus funcionaram levando os turistas aos locais de competição com agilidade, sem provocar transtornos a quem não estava envolvido no evento, ou seja, a cidade não parou por causa dos Jogos.
Todo o investimento de Londres para a infraestrutura de suas Olimpíadas foi de 9,3 bilhões de libras, valor bem acima dos 2,4 bilhões previstos inicialmente. Desses, a avaliação é que 75% fique como legado e que seja aproveitado em até cem anos. O Brasil ainda não tem um valor estabelecido para as Olimpíadas, o que significa que o orçamento pode ficar muito acima do esperado.
Deixando o aspecto estrutural de lado e analisando o aspecto esportivo, para participar dos jogos em Londres, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) investiu um total superior a R$ 11 milhões e considerou que o país encerrou a passagem pela Inglaterra com metas atingidas – superamos o número recorde de medalhas, com um total de 17. Porém, a frustração pelo baixo número de ouros e as derrotas em algumas modalidades foi inevitável. Assim, o que podemos esperar dos jogos em 2016?
Com 65 medalhas, sendo 29 de ouro, o Reino Unido bateu seu recorde de ouros graças a uma política esportiva que começou há sete anos. A meta estabelecida pelo COB para 2016 é ficar entre os primeiros na classificação geral de medalhas e ficou claro que o desempenho dos anfitriões no quadro de medalhas é fundamental para o sucesso geral dos jogos. Em Londres, a décima posição foi ocupada pela Austrália, com 35 medalhas no total, sendo sete de ouro. O Brasil não conquistou nem a metade disso, ficando com apenas três ouros.
Culturalmente, o Brasil investe mais em esportes coletivos. Isso precisa mudar. Não podemos ser apenas o país das equipes, temos que investir, também, nos esportes individuais. Temos atletas no boxe, judô, ginástica, natação e em tantas outras modalidades que são capazes de conquistar medalhas de ouro. E eles precisam de estrutura e incentivo para treinar e competir. Ainda dá tempo para o Brasil agir. Temos quatro anos até 2016.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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