Ritmo quase chinês

Ritmo quase chinês

Por: Janguiê Diniz
09 de Set de 2011

A carência de qualificação de mão de obra é um exemplo. Mas o ritmo de crescimento é acelerado. E, com tantos empreendimentos estruturadores aportando em solo pernambucano, não há espaço para pessimismos.

A Agência Condepe/Fidem divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco cresceu 5,7% no primeiro semestre deste ano, enquanto no Brasil a média foi de 3,6%. As boas notícias não param aí. Os nossos números ainda são melhores do que os da Rússia (3,4%), Chile (1,4%), África do Sul (1,3%), Estados Unidos (0,2%) e União Europeia (0,2%). Neste caminho, a expectativa é de que o PIB de Pernambuco atinja a marca de 6% no segundo semestre, acima da média nacional, que deve ser de 4%. Para 2012, a agência ainda é mais otimista. E não há como não ser. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que a produção industrial diminuiu em nove dos 14 locais pesquisados, entre maio e junho deste ano. Enquanto isso, em Pernambuco foi registrado um crescimento de 4,8%. Ficamos na segunda colocação entre os acréscimos, atrás apenas da Bahia (5,6%). A Região Nordeste expandiu 0,5%.

Difícil afirmar que estamos em ritmo chinês, como alguns garantem. No primeiro semestre, a China apresentou um crescimento de nada menos que 9,5%. Mas o destaque de Pernambuco é, ao menos, animador. Estamos crescendo em todos os setores analisados. Mas sem dúvidas, é a Indústria que puxa a nossa locomotiva. No período analisado, o crescimento foi de 8,6%. Junta-se a isso a notícia de que novos negócios estão sendo fechados no estado, a exemplo da Fiat, que se instalará em Goiana. Mais uma vez, vamos aos números: o setor que apresentou o maior crescimento em Pernambuco, entre abril e junho deste ano, foi o da construção civil. A expansão foi de 8,6%, na comparação com mesmo período de 2010. E ainda não se pode desprezar o aumento do poder de compra e o desenfreado consumo da classe média brasileira, com reflexos a olhos vistos em nosso estado.

O Governo Federal reconhece. A presidente da República Dilma Rousseff, em visita recente ao estado, declarou que o nosso bom momento econômico é visível. Disse ainda que o Brasil conseguiu enfrentar a crise de 2008 com solidez, e Pernambuco tem grande parcela de contribuição neste sentido. De fato, nossa economia causa admiração. Trata-se não apenas da chegada de novos investimentos, mas podemos ainda considerar a baixa taxa de desemprego, aliás, abaixo da média nacional, e a nossa a taxa de inadimplência. Ainda temos que cuidar da redução dos impostos, um problema nacional, e nossa falta de qualificação para ocupar as vagas que surgem.

É cedo para comparações com o país chinês, mas ao menos os olhos dos pernambucanos estão bem abertos. Ainda falta mão de obra qualificada, mas não temos tempo de frear o crescimento. É preciso caminhar junto com economia e educação. As oportunidades estão chegando em cargas pesadas, e o estado encontrou uma maneira de pegar o bonde em movimento. Sim, estamos trocando o pneu com o carro andando, e criando competência para bem saber fazê-lo.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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