Um ato de retrocesso pelo direito à educação

Um ato de retrocesso pelo direito à educação

Por: Janguiê Diniz
15 de Out de 2012

O caso de Malala causou comoção e revolta em todo o mundo e o objetivo maior, neste momento, é salvar a vida da jovem, que foi transferida para o Reino Unido, em estado grave. Caso a paquistanesa sobreviva, a preocupação passa a ser a segurança dela e da família, já que ela continua recebendo ameaças do Taleban, que usa a lei islâmica como justificativa para atos de extrema ignorância e desrespeito ao ser humano.

Os extremistas Taliban já garantiram que, se a jovem sobreviver, irão atacá-la novamente, citando que “qualquer um que faça campanha contra o Islão e a Sharia (lei islâmica) deve ser morto” e que “não é apenas permitido matar uma pessoa assim, mas obrigatório”. Questionamos aqui qual é o direito de se tirar a vida de uma pessoa porque esta quer estudar e ter melhores oportunidades de vida?

O Paquistão é famoso por sua realidade sangrenta e principalmente por tratar o sexo feminino com discriminação ao proibir que as mulheres frequentassem escolas e construir parques exclusivos, cercados por muros e com segurança. Neste contexto, Malala Yousafzai se tornou símbolo da resistência contra os Taliban do país, venceu o “National Peace Award for Youth”, no Paquistão, e foi nomeada para o International Children’s Peace Prize, da Dutch Kids Rights Foundation.

Malala não é uma rebelde. É uma criança com uma visão de mundo e com direitos como toda e qualquer pessoa. É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda existem casos chocantes e inacreditáveis como esse. Vivemos em uma comunidade mundial que preza pela igualdade de direitos e onde inúmeras mulheres se destacam, cada vez mais, em postos de comando nos países desenvolvidos e em grandes empresas, mostrando seu empenho, dedicação e competência.

Além disso, no Brasil, o acesso à educação se constitui como direito fundamental e essencial ao ser humano e diversos são os documentos que corroboram com tal afirmação e assim deveria ser em todo o mundo. De acordo com pesquisas realizadas pela Unesco, constatou-se que milhões de pessoas ainda não tem acesso à educação, onde “ (..) mais de 100 milhões de crianças, das quais 60 milhões são meninas, não tem acesso ao ensino primário e (..) o analfabetismo funcional é um problema significativo em todos os países industrializados ou em desenvolvimento.

A educação é um fator diferencial para qualquer país e indivíduo, uma vez que através dela é possível ter maiores chances de conseguir trabalhos qualificados, além de participação ativa na vida democrática, possuindo pleno conhecimento dos seus direitos e deveres e usufruindo dos mesmos. Não podemos permitir situações como as vividas no Paquistão se repitam.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

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