Um avião, um míssil, 298 mortes

Um avião, um míssil, 298 mortes

Por: Janguiê Diniz
31 de Jul de 2014

A Malaysia Airlines informou que o último contato com o voo MH17, que partiu de Amsterdã em direção a Kuala Lampur, na Malásia, teria sido feito sobre o espaço aéreo ucraniano. E então, surgem as perguntas: Foi mesmo um míssil que derrubou o avião? Quem teria disparado e por que? Que tipo de míssil pode derrubar um avião que estava a mais de 10 mil metros de altitude?

Evidências levantadas pelos Estados Unidos apontam que sim, foi mesmo um míssil que derrubou o avião. As informações vieram com base nos sistemas de radar americanos, que afirmaram que um sistema de míssil do tipo terra-ar foi disparado contra a aeronave. Os EUA também explicaram que provavelmente foi utilizado um míssil com sistema Buk, fabricado pela russa Almaz-Antey e que possui capacidade de abater alvos entre 3 e 25 km de altitude. Ao menos 15 países usam o sistema, entre eles a Ucrânia e a Rússia.

A Rússia se defendeu das acusações afirmando que um avião de caça ucraniano estava a uma distância de 3 a 5 km do Boeing da Malaysia Airlines pouco antes da queda do avião. Ainda de acordo com as forças russas, o caça ucraniano era do modelo Su-25, que pode chegar a uma altitude de 10 mil metros e dispõe de mísseis terra-ar que podem disparar a até 12 km e garantir a destruição de um alvo a até 5 km.

Vale ressaltar que os veículos lançadores desses tipos de mísseis são muito caros e complexos. O Brasil e nenhum país na América Latina, por exemplo, possui tais equipamentos ou artilharia antiaérea com capacidade de abater, a partir do solo, alvos na altura em que estava o avião da Malaysia Airlines.

O que de fato aconteceu é que 298 pessoas inocentes, em sua maioria holandeses, e cientistas pesquisadores do vírus da AIDS, foram assassinados. Além disso, a dimensão do desastre poderá resultar em uma decisiva pressão internacional para resolver a crise entre Rússia e Ucrânia, que já resultou em centenas de mortes desde que manifestantes derrubaram o presidente ucraniano apoiado por Moscou, em fevereiro.

A Holanda já abriu investigação relacionada ao voo MH-17 sobre suspeitas de crimes de guerra, assassinatos e abate intencional de um avião de passageiros. E não apenas a Holanda exige explicações, mas o mundo. E, caso isso não aconteça, é provável que ambos os países acabem sofrendo sanções políticas e econômicas.

Transformando

Sonhos em Realidade

Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.

Receba as novidades em primeira mão!