Mas até receber a aprovação do presidente, muita polêmica ainda tomará conta do tema. O assunto parece sofrer um grande impasse no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do Governo Federal, uma vez que o anúncio sobre o texto foi adiado.
O motivo do silêncio do presidente não está apenas nas afirmações dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Guido Mantega (Fazenda), que garantem que o aumento não cabe no orçamento da União, mas a demora da decisão de Lula vai além. Trata-se da questão “ano eleitoral”. Sim, sancionar a medida provisória pode esbarrar no comprometimento da política fiscal e gerar um mal estar na economia nacional, que se encontra em uma boa fase de crescimento, apesar da crise financeira que abalou o mundo no fim de 2008. Mas a não aprovação da medida implicará em mais insatisfações por parte de uma boa parcela de eleitores brasileiros: cerca de 25 milhões que se encontram nesta situação.
O governo certamente terá um grande problema para administrar, aprovando ou não o reajuste. Integrantes da base aliada do governo desobedeceram à orientação para barrar a MP nos plenários do Congresso. Agora a decisão está nas mãos do presidente. O aumento não é concedido há pelo menos 15 anos, quando os incrementos ficaram sempre inferiores à variação do salário mínimo. Mas o governo fez as contas e o pacote de bondades custaria à Previdência mais de R$ 76 bilhões por ano. A Fazenda assegura que não há mais possibilidades de conceder novos benefícios além dos já estabelecidos, uma vez que os aposentados conquistaram a edição de uma medida provisória assegurando um abono de 6,14%.
No entanto, o assunto é complexo. Uma aprovação pode sair caro para os cofres públicos, mas o puro e simples veto pode impor ao presidente Lula um desgaste que afetaria invariavelmente a candidatura de Dilma Rousseff, a indicada do PT, partido do governo. Por isso tanta polêmica. Face a isso o governo ainda não diz que sim, nem que não. E é por isso que os aposentados brasileiros ficarão mais uma vez sem resposta, até que se encontre uma maneira não necessariamente que os agrade, mas que tornem viáveis as intenções eleitorais.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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