De acordo com o cronograma inicial, o contrato seria assinado somente em setembro deste ano. Mas o governo tem pressa. A aprovação do resultado do leilão da usina foi precipitada e – talvez mais que isso – eleitoreira. O presidente Lula e sua candidata à presidência, Dilma Rousseff, têm visitado bastante a região, e a antecipação do cronograma pode vir a justificar tanto comparecimento.
Os trabalhadores devem começar as obras em setembro, mas a pressa gera ônus. Se os planos do governo derem certo, a usina começa a gerar energia pelo menos seis meses antes do esperado, em julho de 2014. Entretanto, a construção da usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu causa polêmica nas redondezas há pelo menos 25 anos. Os impactos que podem ser trazidos à região são um ponto em discussão, uma vez que nada foi dito ainda sobre a assistência que será dada aos moradores das 11 cidades que deverão ser atingidas pela barragem.
A promessa de realização de obras em Belo Monte é antiga. Apesar de há oito anos o governo vir se comprometendo com o assunto, nenhuma obra foi realizada na região. Mas agora se trata de ano eleitoral, e o governo precisa estar lá com uma boa notícia. E a notícia apenas na palavra não vinga mais. É preciso acelerar o processo de construção da usina para que a promessa saia do papel e as chances de conquista de eleitores sejam potencializadas.
O superintendente de concessões e autorizações de geração da Aneel, Hélvio Guerra, admite que a antecipação do cronograma depende da aceleração da documentação por parte das empresas envolvidas, mas tudo estaria resolvido em outubro, quando começa a subir o nível do Rio Xingu, dificultando a execução de serviços mais delicados. É a chamada “janela hidrográfica do Rio Xingu”.
Depois de resolvida a papelada com as empresas, o processo de concessão será remetido à Casa Civil e à Presidência da República. Não é só por questões técnicas que o governo tem todo o interesse em antecipar o cronograma. Se em outubro começa a “janela hidrográfica do rio”, é também em outubro que se abre outra janela, a das urnas. De fato, Belo Monte nunca esteve em evidência desta maneira. Mas as intenções do governo, estas sim estão bem claras.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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