Mais uma vez, surgem inúmeras perguntas: de quem é a culpa por tanta violência? Das torcidas organizadas? Da impunidade para esses casos? O psicólogo Roberto Romeiro Hryniewicz, autor da pesquisa de mestrado Torcida de futebol: adesão, alienação e violência, afirma que: não é a paixão pelo futebol que causa a violência entre torcedores, mas sim a maneira como as pessoas lidam com essa paixão.
A realidade é que o Brasil lidera a lista do país com mais mortos nos estádios de futebol, seguido pela Argentina e Itália. E sempre que o tema violência no futebol ressurge, tornam-se inevitáveis as comparações com as práticas adotadas em outros países e que poderiam servir de inspiração para controlar a situação no Brasil. O fato é que, em ano de Copa do Mundo, um dos desafios do futebol brasileiro é diminuir o índice de violência dentro e fora dos estádios. E não, o cenário não tem se mostrado favorável a isso.
Se antes os jogos de futebol eram programa de família para os finais de semana, essa perspectiva tem sido cada vez menos comum. Os estádios e entornos viraram verdadeiros campos de batalha de torcidas rivais, especialmente em dia de clássico. Uma alternativa que tem sido adotada é proibir a entrada das organizadas nos estádios, no entanto, como identificar quem são os torcedores que fazem parte dessas torcidas? Já que não há credenciamento e nem identificação na entrada dos estádios brasileiros, basta apenas trocar a blusa e o acesso desses torcedores é liberado.
Durante anos, a Inglaterra foi referência de violência no futebol devido ao episódio com os hooligans e claro que ainda há problemas por lá, mas não como acontecia no passado. A diferença básica entre o Brasil e a Inglaterra nesses casos de violência é que a polícia de lá retira os infratores e os coloca na prisão. Aqui, infelizmente, a polícia não age da mesma forma, restando apenas apartar as brigas.
Outros países já realizaram ações para combater a violência nos estádios. Na Argentina, a Associação de Futebol Argentina (AFA) financiou um projeto de cadastramento dos torcedores das organizadas. Na Itália, os envolvidos em confusão, dentro e fora dos campos, são presos em flagrante e diversas câmeras foram instaladas nas arenas, além do reforço policial durante as partidas.
A solução para o Brasil é prevenção. Câmeras e cadastro de torcedores podem ser, sim, uma boa alternativa. Sabemos que as organizadas não vão deixar de existir, no entanto, a paixão pelo futebol não justifica os gritos e pancadarias nas torcidas.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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