O apagão no Fies desde o ano passado é maior do que o anunciado pelo governo federal –tanto pela gestão Dilma Rousseff (PT) como pela de Michel Temer (PMDB).
Mesmo após a limitação de vagas a menos de metade das oferecidas em 2014, no auge do programa de financiamento estudantil, mais de duas em cada dez que foram abertas no ano passado e no primeiro semestre de 2016 não foram nem mesmo preenchidas –128.933 de 564.226.
A principal explicação está ligada às novas exigências na seleção e regras que reduzem a subvenção do Fies. Na prática, os candidatos manifestam interesse, mas muitos não efetivam os contratos (por não atenderem aos critérios ou por desistirem posteriormente).
Em 2015, 8% das vagas disponíveis não foram preenchidas. No primeiro semestre de 2016, esse índice subiu para 41%, atingindo 102 mil das 250 mil vagas divulgadas. Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.
Apesar desse alto índice, a nova equipe do Ministério da Educação abriu para o segundo semestre a possibilidade de somente 75 mil contratos.
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