Esquecendo a briga política que dominou o Recife nas últimas semanas e acabou ganhando as manchetes de todo o país, temos visto inúmeras ações de infraestrutura em caráter de emergência sendo realizadas e que, ainda assim, não são capazes de suprir as necessidades de nossa população. Ficou claro que a corrida pelas eleições tornou-se ainda maior pós anúncio de Pernambuco como uma das sede da Copa das Confederações, em 2013, e da Copa do Mundo, em 2014. Estar entre as sedes é uma vitória para nosso Estado, que tem apresentado um crescimento econômico constante.
As dúvidas começam quando pensamos no período do ano em que ambos os eventos serão realizados. Temos duas estações climáticas bem definidas: verão e inverno. O segundo é sempre nossa maior dificuldade. Recife é uma cidade litorânea, repleta de morros e rodeada por rios e canais. A cada período chuvoso vemos os mesmos problemas surgirem, mas nenhuma solução. Infelizmente nossa cidade ainda não possui infraestrutura suficiente para suportar as chuvas que costumam cair nos meses de maio, junho e julho.
Ampliando o panorama, vale lembrar que ainda figuramos entre as capitais mais violentas do país. Mais um ponto preocupante. Diante de um quadro como este, aproveito para levantar algumas questões: Como poderemos receber milhões de turistas com frágil infraestrutura de transporte público, vias de trânsito e segurança? E voltando as eleições municipais, quais pontos devemos levar em consideração na escolha pelo candidato que irá nos representar pelos próximos anos?
Recife viu nos últimos dias as águas tomarem conta das ruas da cidade, as longas filas de congestionamento se estenderem por horas, barreiras desabarem e, por consequência, mortes. Pensar que apenas o governo é responsável seria um pensamento pequeno. A população também precisa colaborar com ações simples como não jogar lixo nos canais e vias públicas. Mas estas são cenas já vistas antes e preocupantes quando pensamos na imagem que os visitantes terão da nossa cidade.
Caro leitor, não podemos pensar que vivemos como a política do “Pão e circo”, instituída em Roma há séculos atrás e utilizada para abafar os problemas sociais causados pelo crescimento urbano. Para sermos uma cidade modelo, precisamos cuidar primeiro de nossa população, para depois garantir que temos condições de receber bem os turistas e os eventos de grande porte. Precisamos de investimentos constantes e não ações emergenciais.
Transformando
Sonhos em Realidade
Na primeira parte da minha autobiografia, conto minha trajetória, desde a infância pobre por diversos lugares do Brasil, até a fundação do grupo Ser Educacional e sua entrada na Bolsa de Valores, o maior IPO da educação brasileira. Diversos sonhos que foram transformados em realidade.
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